A extrema pobreza ainda atinge muita gente no Brasil. Contudo, em 2020, o país conseguiu reduzir expressivamente a quantidade de pessoas que vivem nessa situação precária.
De acordo com o Banco Mundial, os cidadãos que vivem com menos de US$ 2,15 são os que se enquadram na extrema pobreza. Na passagem de 2019 para 2020, o percentual de pessoas que viviam assim no Brasil despencou de 5,4% para 1,9%.
Em valores absolutos, o número caiu de 11,37 milhões para 4,14 milhões de pessoas em extrema pobreza no país. Isso quer dizer que 7,23 milhões de pessoas saíram dessa situação em 2020.
Segundo o Ministério da Cidadania, a criação do Auxílio Emergencial foi a principal razão para a forte queda no número de pessoas vivendo sob essas condições no país.
“O Auxílio Emergencial surgiu em um momento crítico, quando muitas pessoas ficaram impossibilitadas de trabalhar em função da pandemia. A falta de renda atingia de maneira muito mais grave quem já vivia em uma situação de vulnerabilidade social”, afirmou o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento.
“O recurso oferecido pelo Governo Federal foi fundamental para mais de 68 milhões de pessoas no Brasil e em especial para quem vivia em situação de extrema pobreza”, acrescentou o ministro.
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Números da extrema pobreza são os menores da série histórica
A saber, o Banco Mundial iniciou o levantamento de dados sobre a extrema pobreza em no início de 1980. Os maiores números foram registrados em 1990, quando 24% da população brasileira viviam nessa condição.
Por outro lado, a menor proporção de pessoas vivendo com menos de US$ 2,15 por dia foi registrada em 2020. Neste ano, o governo federal disponibilizou o Auxílio Emergencial a 68,3 milhões de brasileiros, com um investimento de R$ 354,6 bilhões.
Em síntese, o Brasil teve a maior queda percentual de pessoas vivendo na extrema pobreza na América Latina entre 2016 e 2020 (-2,8 ponto percentual). Paraguai veio em segundo lugar, com uma redução bem mais tímida (-0,2 ponto percentual), de 1% para 0,8%.
Por fim, o Banco Mundial revelou que a Colômbia teve o maior percentual de pessoas vivendo na extrema pobreza em 2020 (10,8%). Fechando o top três ficaram o Peru (5,8%) e a Bolívia (3,1%).
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