O valor da extração de erva-mate no Brasil disparou 38,8% em 2020 na comparação com o ano anterior, totalizando R$ 559,7 milhões. Já a produção do item cresceu 14,6% e chegou a 426,0 mil toneladas. Isso mostra que o valor da erva-mate cresceu mais do que a sua própria produção.
As informações são da pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Aliás, a produção de erva-mate continuou concentrada na região Sul, assim como nos anos anteriores.
Vale destacar que os dez municípios que registraram as maiores produções em 2020 estão localizados no Paraná. Nesse caso, o município de Cruz Machado liderou novamente o ranking, concentrando 15,5% do total nacional.
A PEVS também trouxe dados da extração de outros produtos do grupo alimentício dos itens não-madeireiros. O açaí respondeu por 46,3% do valor da produção nacional, com R$ 694,3 milhões.
Enquanto a erva-mate se concentra na região Sul, em especial no Paraná, 91,9% da extração do açaí ocorre no Norte do país. A saber, oito dos dez municípios com maiores volumes em 2019 se localizam no Pará.
Veja detalhes da extração de outros produtos em 2019
De acordo com o IBGE, a maior parte da produção de açaí e erva-mate no país tem origem em áreas cultivadas, que são acompanhadas pela Produção Agrícola Municipal (PAM).
Em resumo, a PAM investiga produtos de lavouras temporárias e permanentes do Brasil. Dessa forma, disponibiliza informações sobre área plantada e colhida, quantidade produzida, além de rendimento médio e preço médio pago ao produtor para 64 produtos agrícolas.
Além disso, a PEVS mostrou que a produção de castanha-do-pará cresceu 0,7% em 2020. No entanto, o valor da produção despencou 27,4% no ano, totalizando R$ 98,6 milhões. Em resumo, o Amazonas é o maior produtor nacional do item, com 11,7 mil toneladas. Já entre os municípios, Humaitá, também no estado amazonense, lidera o ranking, respondendo por 14,0% da produção do país.
Outro destaque no ano foi o pequi, cujo volume de produção disparou 127,9%, enquanto o valor da produção saltou 122,7%. Minas Gerais concentrou 51,8% do volume nacional, ocupando a liderança do ranking nacional. Na sequência, ficou Tocantins, respondendo por 39,7% do total nacional.
Por fim, o IBGE revelou que o pinhão também se destacou entre os não-madeireiros. O volume de produção do item cresceu 13,1%, enquanto o valor da produção disparou 44,5% no ano. Nesse caso, Paraná liderou o ranking nacional, respondendo por 34,6% do volume produzido no Brasil. Já Minas Gerais concentrou 33,4% da produção nacional. O município mineiro Virgínia respondeu por 15,1% da produção nacional de pinhão e liderou ranking.
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