O Ministério da Economia informou nesta terça-feira (28) que as exportações do agronegócio do país geraram uma receita de US$ 10,90 bilhões em agosto. Esse montante representa uma disparada de 26,7% em relação ao mesmo período de 2019, época em que o mundo ainda não enfrentava uma pandemia.
De acordo com o Ministério da Economia, esse é o melhor resultado já registrado no mês de agosto pelo agronegócio. A última vez que as exportações superaram os US$ 10 bilhões em um mês de agosto foi em 2013, ou seja, há oito anos que o mês não gerava uma receita tão alta assim.
“Temos uma sequência, uma continuidade de bons resultados. Então, mesmo com a pandemia, que começou no ano passado, neste ano não verificamos um grande impacto na exportação de produtos alimentares que são justamente aqueles que deram essa sustentação”, afirmou o economista da Federação das Industrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Ezequiel Resende.
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Em suma, diversos itens registraram resultados expressivos em agosto, impulsionando o valor total no mês. As exportações de carne bovina geraram uma receita de US$ 1,17 bilhão, o que representa um aumento de 10,1% na comparação com 2019. Já os envios de soja, farelo e óleo somaram US$ 4,02 no período.
Em relação aos parceiros comerciais do Brasil, a China continuou como o principal destino das exportações do país em agosto. O país asiático respondeu por 34,9% do envios para o exterior, com destaque para soja em grãos, carne bovina in natura, celulose, açúcar de cana em bruto e carne de frango in natura.
“Vai fechar com a maior receita já registrada para um ano e para o próximo ano a tendência pela demanda sustentada que temos observado e pelo preço médio que vem se mantendo em patamares elevados, é que esses resultados tendem a permanecer bastante positivos”, disse o economista Ezequiel Resende.
Por fim, vale ressaltar que o agronegócio brasileiro ainda enfrenta muitas dificuldades. Em resumo, os custos com logística para o transporte de cargas é bastante elevado. E isso incomoda fortemente os produtores rurais. Ao mesmo tempo, a crise global com a falta de contêineres também afeta as exportações do setor, que ainda assim tem grandes resultados.
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