O volume de exportações de carne bovina disparou 83,1% nas duas primeiras semanas de setembro em relação ao mesmo período de 2020. A média de envios de carne bovina do Brasil para o exterior atingiu 12,4 mil toneladas por dia até a segunda semana de setembro. Os dados do governo federal foram divulgados nesta terça-feira (14)
Vale ressaltar que esse ótimo resultado acontece apesar da suspensão temporária das exportações de carne bovina para a China. A saber, o país asiático responde por mais de 50% das importações da proteína brasileira. E a interrupção dos envios se deve à notificação de dois casos da doença vaca louca no país.
O que explica o crescimento dos envios de carne bovina ao exterior é a data em que a suspensão das exportações à China começou a valer. Apesar de o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ter interrompido os envios no início do mês, cargas com carne bovina seguiram ao país asiático até o dia 9.
Em resumo, estas cargas já estavam prontas no porto para envio desde antes da suspensão das exportações. Por isso, o diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres, afirmou que “não houve descumprimento por parte do Brasil”. Isso quer dizer que os números devem trazer queda a partir dos próximos dados divulgados.
Veja mais detalhes das exportações no período
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as exportações de carne bovina in natura saltaram também na comparação com a primeira semana de setembro. Isso porque os primeiros dias do mês tiveram uma média diária de envios de 10,5 mil toneladas. Na segunda semana, o número passou para 12,4 mil toneladas.
Embora o Mapa tenha suspendido o envio de carne bovina para a China, a expectativa é que as exportações sejam retomadas ainda em setembro. Isso aconteceu devido ao protocolo sanitário firmado entre os países.
Além disso, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) já comprovou que os dois casos no Brasil foram atípicos. Isso quer dizer que os animais desenvolveram a doença de maneira espontâneca, sem risco de contaminação. Assim, o país deverá continuar com o status de risco insignificante para a doença.
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