O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) suspendeu as exportações de carne bovina para a China no último dia 4. Isso aconteceu devido à notificação do primeiro caso da doença da vaca louca em Minas Gerais (MG). Aliás, um segundo caso também foi confirmado no Mato Grosso (MT).
Devido ao protocolo sanitário entre o Brasil e a China, o Mapa suspendeu temporariamente os envios de carne para o país asiático. A expectativa era que a suspensão não durasse muito tempo. Até porque o Brasil também notificou um caso de vaca louca em 2019 e as exportações ficaram suspensas por 13 dias.
Ontem (13), o Mapa informou que não há previsão de retomada dos envios de carne bovina para a China. Vale ressaltar que isso acontece por causa dos procedimentos relacionados ao protocolo sanitário firmado entre os países. E isso é muito ruim para o Brasil, pois a China é o principal destino da carne bovina do país, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
Brasil continua como país de risco insignificante para a doença
Em resumo, o Brasil faz parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês). Atualmente, o país possui risco insignificante para a doença, e nem mesmo os dois casos confirmados devem mudar esse status. Isso porque ambos os casos são atípicos.
Na verdade, a doença ocorre de maneira atípica em animais com idade muito avançada, e foi isso o que ocorreu em MG e em MT. Contudo, o animal pode apresentar a doença através do consumo de rações contaminadas. Nesse caso, há risco para o ser humano de contaminação.
Por fim, a OIE exclui os casos atípicos “para efeitos do reconhecimento do status oficial de risco do país”, disse o Mapa. “Desta forma, o Brasil mantém sua classificação como país de risco insignificante para a doença, não justificando qualquer impacto no comércio de animais e seus produtos e subprodutos”, acrescentou.
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