O volume de exportações de carne bovina brasileira caiu 7% em 2021, na comparação com o ano anterior. A saber, o país enviou 1,867 milhões de toneladas da proteína para o exterior no ano passado. E esse recuo ocorreu devido ao embargo da China à carne brasileira.
Em resumo, a suspensão das exportações da proteína para a China enfraqueceu o volume exportado em 2021. No entanto, a receita gerada pelas vendas externas cresceu 9% em relação a 2020, totalizando US$ 8,4 bilhões. Nesse caso, o aumento do montante aconteceu devido à elevação dos preços do mercado internacional.
Esses dados fazem parte do levantamento realizado pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). A entidade compilou os dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Economia, e divulgou o levantamento.
Embargo chinês vigorou por 3 meses
Em suma, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) suspendeu os envios ao país asiático no início de setembro devido à notificação de dois casos atípicos do mal da vaca louca. As vendas ficaram suspensas de 4 de setembro a 15 de dezembro do ano passado.
A medida ocorreu devido ao protocolo sanitário entre o Brasil e a China, que prevê a suspensão das exportações em situações de detecção da doença da vaca louca. A decisão afetou fortemente o mercado interno, pois a China é o maior comprador mundial da carne bovina brasileira.
Vale ressaltar que, apesar da redução das importações chinesas em 2021, o país seguiu como o maior comprador da proteína brasileira. Em síntese, o volume de carne bovina enviada para a China caiu de 1,182 milhões de toneladas em 2020 para 950 mil toneladas em 2021.
EUA, Chile e Egito também se destacam no ano
A saber, os Estados Unidos assumiram a segunda posição no ranking de maiores importadores de carne bovina brasileira em 2021. O volume enviado para o país saltou de 59 mil toneladas em 2020 para 148 mil toneladas em 2021. Isso representa um aumento de 148,9% na comparação anual.
Já o Chile se manteve na terceira posição, com suas importações crescendo 22,4% em um ano. O volume passou de 90 mil toneladas em 2020 para 110,6 mil toneladas em 2021. O Egito veio logo em seguida, com um total de 73,6 mil toneladas de carne bovina importadas. A propósito, o país havia ocupado a segunda posição em 2020, quando importou 127,9 mil toneladas da proteína.
Os Emirados Árabes ficam na quinta posição com 49,7 mil toneladas, crescimento de 21,7% em relação a 2020 (40,8 mil toneladas). Já o volume exportado para as Filipinas passou de 39,6 mil toneladas em 2020 para 46,3 mil toneladas em 2021. E a Arábia Saudita teve uma leve queda de 0,5% no ano, com o volume passando 41 mil toneladas para 40,8 mil toneladas entre 2020 e 2021.
Por fim, a Abrafrigo revelou que as exportações para 104 países cresceram em 2021. Em contrapartida, 68 nações reduziram as suas compras da proteína brasileira no ano passado.
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