O ano de 2020 rendeu uma taxa recorde às exportações de carne bovina do Brasil. A saber, houve o envio de 2,016 milhões de toneladas para o exterior, o que representa um acréscimo de 8% na comparação com o ano anterior. Aliás, a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), resposável pelo levantamento, divulgou as informações nesta sexta-feira, dia 8.
Além disso, a Abrafrigo também informou que as receitas com os embarques do produto, tanto in natura quanto processado, cresceram 11% em relação a 2019. Dessa forma, atingiram o valor de US$ 8,4 bilhões. A saber, as informações vieram de uma compilação de dados junto à Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Relação do Brasil com a China
De acordo com a Abrafrigo, os expressivos embarques realizados para a China impulsionaram o resultado alcançado em 2020. “A China, através de suas importações pelo continente e pela cidade estado de Hong Kong, foi a grande responsável por este crescimento”, destacou a Abrafrigo em comunicado. Em resumo, o país asiático figurou como o destino de 58,6% do volume exportado pelo Brasil e de 60,7% da receita obtida com os embarques.
Para ser mais exato, a China importou 1,18 milhão de toneladas de carne bovina no ano passado. A avaliação da mercadoria chegou a US$ 5,1 bilhões, segundo a Abrafrigo. Completanto o top três ficaram o Egito, que adquiriu 127.953 toneladas, e o Chile, responsável por 90.403 toneladas. Contudo, em ambos os países, houve recuo de 23% e 18,2%, respectivamente, da importação de carne bovina brasileira.
Previsão de exportações para 2021
Por fim, a Abrafrigo projeta um crescimento de 5% nas exportações de carne bovina do Brasil em 2021. A associação espera que a melhora na situação econômica mundial impulsione a retomada de consumo fora de casa. “A Abrafrigo espera a manutenção do ritmo comprador da China e alguma elevação nas importações por parte dos países da União Europeia, países árabes e de novos mercados”, finalizou a entidade.
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