O volume de exportações de carne bovina despencou em outubro. A saber, o volume da proteína enviada ao exterior passou de 187 mil toneladas em setembro para 82,18 mil toneladas em outubro. Isso representa um tombo de 56%. Já na comparação com outubro de 2020, a queda foi de 49,46% (162,6 mil toneladas).
O que mais pesou para esse resultado foi a suspensão das exportações de carne brasileira para a China. Aliás, o volume exportado em setembro bateu recorde mensal, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No entanto, a suspensão temporária das exportações da proteína para a China afundaram o resultado em outubro.
Na verdade, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) suspendeu os envios ao país asiático no início de setembro, mas cargas com a proteína continuaram seguindo para a Ásia por muito mais tempo. Inclusive, a China responde por mais de 50% das importações da carne bovina brasileira.
Dessa forma, sem contar com o maior parceiro no segmento, o volume exportado afundou para o menor patamar desde junho de 2018. À época, uma greve de caminhoneiros por dez dias havia impedido que diversas cargas saíssem dos frigoríficos brasileiros. Assim, os portos ficaram desabastecidos e as exportações também despencaram.
Suspensão das exportações para a China continua
Quando o Mapa suspendeu as exportações para o país asiático, a expectativa era que os envios voltassem a ser realizados em pouco tempo. Contudo, dois meses após a suspensão, a situação continua a mesma. Por enquanto, não há datas para a retomada dos envios da carne brasileira para a China.
Em suma, o Mapa interrompeu os embarques de carne bovina para o país asiático devido à notificação de dois casos atípicos do mal da vaca louca. A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) afirmou que estes casos não representam riscos para a cadeia de produção bovina do país. Entretando, a China mantém o veto.
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