A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou nesta quinta-feira (16) os dados atualizados de sua pesquisa. De acordo com o levantamento, a maioria da população brasileira não acredita na recuperação econômica do país neste ano. Isso só deve acontecer a partir de 2022, segundo 68% dos entrevistados.
“Mesmo com a projeção de crescimento do PIB em 2021 entre 5% a 5,5%, o avanço da vacinação contra a Covid-19, e a flexibilização de boa parte das restrições impostas em todos os setores, a maioria da população permanece apreensiva”, afirmou a Febraban, em nota.
Mas essa não foi a única piora na expectativa da população. Segundo a pesquisa, 15% dos entrevistados acreditam que a economia do país não ira se recuperar neste ano. O percentual em março chegava a 9%. A saber, a pesquisa houve 3 mil entrevistados em todas as regiões do Brasil entre 2 e 7 de setembro.
“Aumento do desemprego, queda do poder de compra, aumento da inflação e do custo de vida e aumento da taxa de juros compõem o leque das principais inquietações que sustentam as perspectivas desfavoráveis sobre a recuperação da vida financeira familiar e da economia em curto prazo”, diz a pesquisa da Febraban.
Veja mais detalhes da pesquisa da Febraban
Além dos questionamentos sobre a recuperação econômica do país, a Febraban perguntou sobre a situação financeira familiar. Em resumo, 55% dos brasileiros acreditam que a situação financeira pessoal não se irá se recuperar neste ano. A propósito, a taxa em junho era de 52%.
Enquanto isso, o percentual dos que acreditam que as finanças pessoais melhorarão ainda em 2021 caiu e 23% em junho para 18% em setembro. Da mesma forma, quem afirmou que não teve a situação financeira afetada caiu entre os meses, de 14% para 12%.
Vale ressaltar que não houve apenas queda nos indicadores. Em suma, 7% dos entrevistados não acham que a situação financeira vai se recuperar ainda neste ano. O percentual estava em 5% três meses atrás, aponta a Febraban.
Tudo isso mostra que a expectativa da população em relação à recuperação econômica tanto do país quanto a pessoal não acontecerão em 2021. Cada vez há mais gente jogando para o próximo ano a melhora da situação do país.
Por fim, a Febraban revelou que 76% dos entrevistados apostam que haverá aumento da taxa de juros no país. Já 74% acreditam que a inflação e o custo de vida crescerão. Outros percentuais elevados vieram dos questionamentos sobre a previsão do aumento do desemprego (54%) e da redução do poder de compra do consumidor (51%).
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