Números revelados pelo governo da Ucrânia mostram que, enquanto milhares de refugiados estão tentando deixar a Ucrânia, alguns estrangeiros estão fazendo o caminho contrário e tentando se juntar aos militares ucranianos. De acordo com a gestão do país, 16 mil pessoas nessa situação.
Em entrevista à agência de notícia “Reuters”, um homem do Reino Unido relatou que optou por se juntar com o exército ucraniano nas trincheiras. “Estou lutando pela democracia. Ela é preciosa e um homem sozinho não deve decidir se um outro país tem direito a ser democrático ou não”, explicou ele.
Além desse homem do Reino Unido, um homem dos Estados Unidos, de 25 anos, também informou que resolveu se juntar ao exército ucraniano. Identificado como Jericho Skye, ele conta que serviu no exército americano, mas nunca esteve em uma guerra.
Mesmo com essa falta de experiência, ele diz que não se sente ameaçado. “Eu não tenho medo do exército russo. Estou aqui para proteger o máximo de pessoas possível”, diz ele, que saiu da Polônia de carona em um caminhão para chegar à Ucrânia e completar sua missão.
Segundo a “Reuters”, o governo britânico não impede que os seus cidadãos sejam voluntários na guerra da Ucrânia, algo diferente do que acontece na Itália, onde é proibido por lei que as pessoas se voluntariem para alguma guerra, seja qual for o motivo do conflito.
Todavia, explica a publicação, mesmo assim, muitos italianos foram para a Ucrânia e estão lutando no país. Isso, em duas frentes: juntos com os ucranianos e alguns, de extrema-esquerda, junto com os russos.
Ajuda de voluntários nas guerras
Voluntários em guerras não são algo incomum e o caso mais famoso de colaboração vinda de outras nações fica por conta da ajuda na guerra civil espanhola, que aconteceu entre 1936 e 1938. Na ocasião, foram 50 mil estrangeiros na guerra ocorrida por conta da ditadura General Franco. Na época, cerca de 20 mil voluntários estrangeiros morreram durante as batalhas.
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