A semana tem sido marcada por revelações inusitadas sobre compras feitas pelo Exército Brasileiro. Depois da informação de que a entidade teria comprado 35 mil comprimidos de Viagra, surgiu nesta terça-feira (12) a notícia que a mesma instituição gastou quase R$ 3,5 milhões na compra de 60 próteses penianas infláveis em 2020 e 2021.
Deputados querem investigação sobe compra de Viagra pelas Forças Armadas
Tanto as compras dos comprimidos quanto as aquisições sobre as próteses penianas estão disponíveis no Portal da Transparência e no Painel de Preços do governo federal. Segundo consta nos dados das licitações, essas próteses que têm comprimento entre dez e 25 centímetros, custam bem caro: cada unidade pode ter seu custo variando de R$ 50 mil a R$ 60 mil.
Esses itens, após terem sido adquiridos, foram entregues em hospitais militares de São Paulo e também do Mato Grosso do Sul, segundo o Portal da Transparência e no Painel de Preços do governo federal. Ainda conforme o site, ao todo, foram três processos licitatórios, o que somou um montante de R$ 3.475.947,30. Confira:
- 10 unidades por R$ 50.149,72 cada;
- 20 unidades por R$ 57.647,65 cada;
- 30 unidades por R$ 60.716,57 cada.
A versão do Exército
Após a notícia sobre as próteses penianas infláveis, o Exército divulgou uma nota afirmando que apenas três próteses penianas foram adquiridas em 2021. Isso, afirmou a entidade, “para cirurgias de usuários do Fundo de Saúde do Exército (FUSEx)”.
A afirmação é diferente do que consta nos pregões. Nesse sentido, o Exército afirma que “a quantidade de 60 (sessenta) representa a estimativa constante na ata de registro de preços e não efetivamente o que foi empenhado, liquidado e pago pelas Organizações Militares de Saúde”.
Essa não foi a primeira vez que o governo abriu licitação que tinha por objetivo realizar a compra de próteses penianas. Isso porque, em 2018, um pregão eletrônico foi feito com o intuito de que dez próteses fossem adquiridas para o Hospital das Forças Armadas (HFA), de Brasília.
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