O mês de fevereiro foi um bom mês para quem precisa comprar a cesta básica, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Isso porque, segundo o instituto, o valor dos produtos caiu em 13 das 17 capitais estudadas. Na prática, isso significa que os consumidores estão pagando menos pelos produtos essenciais, o que faz sobrar mais dinheiro para as outras contas.
Além disso, é preciso lembrar que o preço da carne também caiu, especialmente o valor da picanha. Contudo, algumas capitais viram os valores aumentarem, ao passo que as quedas foram bastante relevantes em cidades com populações grandes.
Cesta básica caiu em 13 capitais
A cesta básica é uma composição de produtos que são considerados essenciais para que as pessoas sobrevivam. O valor desses produtos é especialmente importante para as famílias de baixa renda, que destinam a maior parte de sua renda para esses custos. Em fevereiro, além do preço da carne ter caído, em média, 1,22%, a cesta básica ficou mais barata.
As maiores quedas foram registradas em Belo Horizonte (3,97%), no Rio de Janeiro (3,15%), em Campo Grande (3,12%), em Curitiba (2,34%) e em Vitória (2,34%). Contudo, isso não quer dizer que a cesta básica ainda esteja em um valor acessível. Isso porque os dados do Dieese mostram que mais da metade do valor do salário mínimo ainda vai para esses produtos alimentícios.
Por outro lado, as quatro capitais que tiveram aumento no valor da cesta básica foram Belém (1,25%), Natal (0,64%), Salvador (0,34%) e João Pessoa (0,01%). Com exceção de Belém, as altas não são graves, segundo especialistas.
Dentre os produtos com maior destaque estão o óleo de soja, o tomate, e o café em pó. O óleo de soja, por exemplo, caiu em 15 das 17 capitais estudadas, especialmente no Rio de Janeiro, onde ficou 6,46% mais barato.
Saque-aniversário está com os dias contados? Entenda
Os produtos ainda seguem caros
Os dados do Dieese são uma boa notícia para os consumidores, mas ainda estão longe de representar uma realidade confortável para as famílias. Isso porque o preço da cesta básica ainda leva mais da metade do salário mínimo. Se forem considerados os gastos com aluguel, energia e demais serviços, o salário ainda é insuficiente para dar qualidade de vida às pessoas.
Dessa forma, a cesta básica apresentou os maiores valores em São Paulo (R$ 779,38), Florianópolis (R$ 746,95), Rio de Janeiro (R$ 745,96) e Porto Alegre (R$ 741,30). Os valores são bem diferentes das mais baratas, que ficam em Aracaju (R$ 552,97), Salvador (R$ 596,88), João Pessoa (R$ 600,10) e Recife (R$ 606,93). Com isso, por questões de comparação, o valor básico do Bolsa Família é capaz de comprar a cesta básica apenas em 2 das 17 capitais estudadas.
Por conta disso, o Dieese estima que o valor do salário mínimo, no país, deveria ser de R$ 6.547,58, um valor que é 5,03 vezes o valor determinado pelo Governo Federal.
Leia agora: 14º Salário do INSS: Governo LULA fala sobre liberação do abono extra para aposentados e pensionistas