O governo federal confirmou, nesta terça-feira (14), que Ricardo Saadi será diretor da Polícia Federal (PF) na área de Investigação e Combate ao Crime Organizado e à Corrupção. A nomeação – em portaria assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Em 2019, Ricardo Saadi foi exonerado da superintendência da PF no Rio de Janeiro pelo então presidente da República Jair Bolsonaro (PL), que, na ocasião, justificou a decisão alegando um falta de “produtividade” do integrante da corporação no cargo.
Um ano depois, em abril de 2020, todavia, o então ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou que Bolsonaro fez pressão para retirar Ricardo Saadi da superintendência do Rio de Janeiro. Anda segundo o ministro, a decisão fez parte do plano do ex-presidente em interferir politicamente na corporação.
Outra indicação à PF
Na segunda, foi a vez do governo federal nomear Rodrigo Morais Fernandes, delegado da Polícia Federal, para o cargo de diretor de inteligência da corporação. Ele, indicado pela gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi responsável por investigar a facada sofrida pelo ex-chefe do Executivo Bolsonaro, durante a campanha eleitoral de 2018.
Na época do ataque contra Bolsonaro, Rodrigo Morais Fernandes, há mais de 20 anos na PF, desempenhava a função de delegado regional de Combate ao Crime Organizado em Minas Gerais, tendo, na ocasião, comandando a investigação do atentado contra o então candidato à Presidência.
Durante seus trabalhos à frente do caso, o delegado chegou a dar a investigação sobre o ataque contra Bolsonaro como concluído, chegando a dizer que o acusado do crime, Adélio Bispo, agiu sozinho e não houve mandante para o atentado. “Ficou claro que o motivo do atentado era o inconformismo político do senhor Adélio com os projetos políticos do candidato”, disse Rodrigo Morais Fernandes na ocasião.
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