Uma nota conjunta assinada pelos Ex-presidentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), desde 1988, foi divulgada nesta segunda-feira (02) em defesa do modelo atual das eleições no Brasil. Além dessas pessoas, o comunicado também foi assinado pelo atual presidente do TSE, ministro Luis Roberto Barroso, e pelo vice, Edson Fachin.
A nota vem no momento em que Jair Bolsonaro (sem partido) engrossou o tom e voltou a colocar em dúvida as urnas eletrônicas, mesmo tendo o próprio presidente admitido não ter provas. Na nota, os ex-ministros ressaltam que a volta da contagem manual, assim como defende Bolsonaro, seria um regresso a um cenário de “fraudes generalizadas”.
“A contagem pública manual de cerca de 150 milhões de votos significará a volta ao tempo das mesas apuradoras, cenário das fraudes generalizadas que marcaram a história do Brasil”, diz um trecho do texto.
A nota ainda lembra que a urna eletrônica é usada nas eleições desde 1996 e nunca houve fraude. “Jamais se documentou qualquer episódio de fraude nas eleições. Nesse período, o TSE já foi presidido por 15 ministros do Supremo Tribunal Federal”, disse o documento.
Em outra parte, os ex-presidentes ressaltam que, ao longo dos seus 25 anos de existência, a urna eletrônica passou por sucessivos processos de modernização e aprimoramento, contando com diversas camadas de segurança.
Não suficiente, esses ex-membros do TSE ressaltaram que o voto eletrônico é, sim, auditável, diferentemente do que tem dito o presidente Bolsonaro e seus aliados. “As urnas eletrônicas são auditáveis em todas as etapas do processo, antes, durante e depois das eleições”, começou a nota.
“Todos os passos, da elaboração do programa à divulgação dos resultados, podem ser acompanhados pelos partidos políticos, Procuradoria-Geral da República, Ordem dos Advogados do Brasil, Polícia Federal, universidades e outros que são especialmente convidados”, acrescentou o comunicado, finalizando que “as urnas eletrônicas não entram em rede e não são passíveis de acesso remoto, por não estarem conectadas à internet.”
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