O ex-policial de Minneapolis, Derek Chauvin, se declarou culpado perante o tribunal federal nesta quarta-feira, 15. O homem confessou ter violado os direitos civis de George Floyd, podendo estender a própria pena em vários anos pelo assassinato de um homem negro.
Chauvin compareceu ao Tribunal Distrital dos Estados Unidos em St. Paul, Minnesota usando um macacão prisional de cor laranja para renunciar ao direito de julgamento. Assim, ele alterou a confissão inicial se assumindo culpado em um acordo feito junto aos promotores.
A decisão foi tomada diante do medo de receber a sentença de prisão perpétua. Vale lembrar que um julgamento inicial já havia sido feito no mês de junho, condenando o ex-policial a 22 anos e seis meses de prisão.
Na época, o júri havia o condenado pelo assassinato de George Floyd. Desde então, o assassino foi mantido em confinamento solitário em uma prisão de segurança máxima em Minnesota. Em Minnesota, os prisioneiros são elegíveis à libertação supervisionada após cumprirem dois terços da pena.
Para explicar melhor o ocorrido, vídeos mostram o ex-policial ajoelhado sobre o pescoço de Floyd, que já estava algemado há cerca de nove minutos. O ocorrido se passou em uma esquina de Minneapolis no dia 25 de maio do ano passado. O assassinato desencadeou um dos maiores movimentos de protestos que os Estados Unidos da América (EUA) já viu.
Diante do crime cometido, Chauvin foi acusado de homicídio não intencional de segundo grau, homicídio de terceiro grau e homicídio culposo, se consolidando como a maior repreensão histórica pelo abuso dos poderes concedidos pela força policial contra pessoas negras norte-americanas.
Foi então que Chauvin admitiu que, em seu papel como policial, violou os direitos civis de Floyd de ser livre de apreensões irracionais, além de não enfrentar o uso de força excessiva. De acordo com os promotores federais, as diretrizes da sentença determinam que o ex-policial passe entre 20 a 25 anos na prisão, apesar de o tribunal ter autonomia para declarar uma outra sentença mais severa, até mesmo a prisão perpétua.
Porém, com base no acordo vinculado à confissão de Chauvin, os promotores pediram que o tribunal limite a sentença a 25 anos, devendo ser executada simultaneamente com a estadual, o que quer dizer que o homem teria uma extensão de vários anos na pena. Na oportunidade, o juiz distrital, Paul Magnuson, disse que realizaria uma audiência de condenação em uma data posterior, onde os familiares tanto de Chauvin, quanto de Floyd, poderiam comparecer.