O ex-juiz Wilson Koressawa, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), teve um revés na Justiça nesta terça-feira (20). Isso porque ele teve negado o pedido para que Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fosse preso em flagrante.
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A negativa foi do ministro Artur Vidigal de Oliveira, do Superior Tribunal Militar (STM), que analisou a ação que, além de Alexandre de Moraes, tinha o pedido de prisão de políticos como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Davi Alcolumbre (União Brasil), e o também ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.
No pedido, o ex-juiz afirmou que os ministros e políticos citados praticaram “gravíssimos crimes”. De acordo com ele, os citados “prejudicaram a campanha eleitoral” de Bolsonaro, beneficiando o chefe do Executivo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que venceu a disputa ao Planalto.
Ao negar o pedido, o ministro afirmou que os delitos apontados pelo ex-juiz não são crimes militares, visto que a maioria sequer está previsto no Código Penal Militar (CPM). “Não cabe à Justiça Especializada Militar julgar crimes contra o Estado Democrático de Direito, pois a Constituição designou essa tarefa à Justiça Federal comum”, disse o ministro.
Em outro trecho da decisão, ele completou que, no presente caso, “a inviabilidade do processamento do feito já é verificada de plano, pois, como visto, o Superior Tribunal Militar é absolutamente incompetente para processar e julgar os ministros e políticos”.
De acordo com uma publicação feita pelo portal “UOL”, o ex-juiz bolsonarista tem o registro de advogado ativo na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Distrito Federal e também é ex-oficial de justiça do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios e (TJDFT).
Nas redes sociais, Wilson Koressawa costumeiramente publica vídeos de atos antidemocráticos, como os que pedem intervenção militar e desconfiam nas urnas eletrônicas. Isso, sempre usando um boné em homenagem a Bolsonaro.
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