O ex-deputado Isaac Alcolumbre, preso na quarta-feira (20) pela Polícia Federal (PF) durante a operação Vikare, continuará na prisão, pois o juiz Jucélio Fleury Neto, da 4ª Vara da Justiça Federal do Amapá, negou o pedido de liberdade provisória feito pela defesa do ex-parlamentar.
Assim como publicou o Brasil123, Isaac Alcolumbre foi detido em uma ação que investiga um esquema internacional de tráfico de drogas entre o Brasil e países da América do Sul, como Colômbia e Venezuela.
De acordo com a PF, ele é dono de um aeródromo na área urbana de Macapá onde funcionaria um suposto ponto para que aviões distribuidores de drogas vindas da Colômbia e Venezuela pudessem ser abastecidos, ou recebessem manutenções necessárias, antes de irem para outras regiões do Brasil entregar os entorpecentes.
Em sua decisão, o Júcelio afirmou que a continuidade de Isaac Alcolumbre na prisão é fundamental para que seja garantida a regularidade da instrução processual. “A medida é contemporânea e se faz necessária, sendo que as demais alternativas à prisão não se mostram suficientes para desmantelar a organização criminosa, que tinha como ponto de apoio essencial o aeródromo do investigado ora preso”, disse o magistrado.
Segundo a defesa do ex-deputado, ele não teve acesso aos advogados na hora do cumprimento do mandado de busca e apreensão na casa dele. Além disso, os advogados de Isaac Alcolumbre afirmaram que permanecer na cadeia pode ser perigoso para ele por conta da Covid-19, pois o suspeito tem comorbidades.
Todavia, nada disso adiantou, visto que o juiz não considerou esses fatos, dizendo que as ordens expedidas pela Justiça foram cumpridas dentro da legalidade e que o fato de Isaac ter comorbidades não impede a detenção.
Logo após a prisão, o ex-deputado foi encaminhado para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). De acordo com a defesa do acusado, ele é inocente e não tem envolvimento com o tráfico de drogas.
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