Isaac Alcolumbre, ex-deputado estadual pelo Amapá, foi indiciado nesta terça-feira (22) pela Polícia Federal (PF) pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico e organização criminosa. De acordo com a corporação, os crimes foram apontados com base em ações deflagradas em outubro de 2021, quando o acusado foi preso e solto alguns dias depois.
Assim como publicou o Brasil123 à época do fato, o ex-deputado é dono de um aeródromo situado na parte rural de Macapá. Conforme a PF, esse local era utilizado como sendo uma espécie de “base operacional” para aviões que vinham de países como Colômbia e Venezuela para trazer drogas para o Brasil.
Desde que foi preso, o ex-deputado, por meio de seus advogados, afirma que não está envolvido em nada. No entanto, registros da PF apontam que, durante as diligências da corporação, o político recebeu, em pelo menos três oportunidades, três traficantes no aeródromo e ainda deu “carona” para ele até a capital Macapá.
“Esses três traficantes são apontados como os cabeças do grupo criminoso. Eles atuavam no transporte de drogas, desde a vinda de outros países, até a distribuição para todo o Brasil”, detalhou a PF, revelando que, para que fosse possível concluir o inquérito:
- Ouviu presos;
- Analisou documentos;
- Conversas telefônicas.
Com essa apuração, informou a entidade, foi possível constatar que Isaac Alcolumbre, que é primo do senador e ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM) “desempenhou uma importante função na empreitada criminosa”.
Investigações começaram 2020
Segundo a PF, as investigações que chegaram ao nome do ex-deputado começaram em maio 2020. À época, agentes da entidade perceberam movimentações suspeitas de aeronaves na região.
Na ocasião, ainda foram descobertos destroços de um avião de pequeno porte que ficou preso em uma região no município de Calçoene, no Amapá. “Este estava, em grande parte, destruído por um incêndio”, informou a PF, que constatou que o veículo em questão havia sido adaptado para o transporte de drogas.
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