Na semana passada, o petróleo deu um alívio para os mercados e caiu mais de 3%. Contudo, os preços dos barris voltaram a apresentar um forte avanço na manhã desta segunda-feira (21).
A saber, o barril Brent, que é a referência mundial, disparava mais de 4% no pregão, cotado a US$ 112. Já o petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana avançava pouco menos de 4%, para US$ 108.
Em resumo, ambas as referências alcançaram suas máximas de 14 anos há menos de duas semanas. Contudo, notícias positivas sobre um possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia e aumento do temor em relação à queda da demanda chinesa por petróleo derrubaram os preços da commodity no início da semana passada.
Tudo isso acabou ficando para trás, visto que Rússia e Ucrânia negaram estar próximas de um acordo e o governo chinês garantiu que a China continuaria crescendo. Assim, os temores com a guerra no leste europeu e a expectativa de uma demanda forte, em meio à restrição da oferta de petróleo, voltaram a impulsionar os preços da commodity.
Europa discute novas sanções contra a Rússia
Nesta segunda, líderes da União Europeia se reuniram para discutir novas sanções contra a Rússia. Em suma, a possibilidade de a Europa se juntar aos Estados Unidos no embargo ao petróleo russo fez os preços da commodity saltarem na manhã de hoje.
A saber, muitos países europeus defendem a proibição da importação de petróleo e gás natural da Rússia. Contudo, as nações mais dependentes destas commodities russas não estão muito certas da proibição. Por exemplo, a Alemanha é um destes países mais reticentes, visto que 40% do gás importado vem da Rússia, assim como 34% do petróleo.
Além disso, rebeldes atacaram uma refinaria na Arábia Saudita, que é um dos principais produtores mundiais de petróleo. Este ataque ajudou a impulsionar os preços da commodity nesta segunda.
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