Os Estados Unidos registraram uma forte desaceleração na criação de vagas de emprego em agosto. Após encerrar julho com 1,053 milhão de novos postos de trabalho, o país criou apenas 235 mil novos empregos no mês passado. Aliás, os números ficaram bem abaixo das estimativas de analistas, que apontavam 728 mil vagas criadas no período.
Em resumo, os principais motivos que fizeram a taxa afundar foram a diminuição da demanda por serviços e a escassez de trabalhadores. Ambas as razões têm relação direta com o recrudescimento da pandemia da Covid-19 no país. A propósito, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou os dados nesta sexta-feira (3).
Vale ressaltar que o resultado sobre a criação de novos postos de trabalho exclui o setor agrícola. A saber, a diferença expressiva entre os números de julho e agosto se devem ao avanço da variante Delta, cepa mais transmissível e agressiva já sequenciada, que vem elevando os casos e mortes em todo o planeta há meses.
Nos Estados Unidos, mais de 53% da população está imunizada. Enquanto isso, cerca de 63% tomaram a primeira dose de algum imunizante. Isso mostra que muita gente não está se vacinando no país, o que está provocando um novo crescimento de casos e mortes. Em suma, a média de óbitos diários saltou de 360 no final de julho para mais de 1500 no início de setembro.
Taxa de desemprego cai para 5,2% em agosto
De acordo com o Departamento do Trabalho, a taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu de 5,4% em julho para 5,2% em agosto. Contudo, a taxa de desocupação segue subestimada, pois muitas pessoas se classificam de maneira errada como “empregadas, mas ausentes do trabalho”.
Esse relatório sobre o mercado de trabalho sucede as fortes quedas das estimativas sobre o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no terceiro trimestre. A escassez de matérias-primas estão reduzindo as vendas de automóveis, bem como o reabastecimento. E tudo isso afeta a recuperação da economia americana no trimestre.
Leia Mais: Campos Neto cita crise hídrica e diz que BC tentará conter inflação