Na última terça-feira (29) aconteceu a reunião anual da Organização Pan Americana da Saúde (OPAS). Durante o evento, Cuba e Venezuela denunciaram os Estados Unidos por terem aplicado sanções “ilegais” contra os dois países durante a pandemia.
Segundo Marcia Cobas, vice-ministra da saúde de Cuba, os Estados Unidos intensificaram, durante a crise de saúde causada pelo coronavírus, o bloqueio econômico, financeiro e comercial imposto desde 1962. O que dificultou o acesso a insumos e equipamentos para atendimento dos pacientes infectados pela Covid-19.
Em resumo, no ano de 1958 os Estados Unidos impuseram um embargo de armas a Cuba. Durante os anos seguintes, Fidel Castro começou a comprar armas da União Soviética e a situação entre Cuba e os EUA só piorou. Em 21 de Janeiro de 1962, Cuba foi suspensa pela Organização dos Estados Americanos (OEA). Tal suspensão foi revertida apenas em 2009.
Ainda em 1962, sob o governo de John Kennedy, os EUA expandiram o embargo para incluir todo o comércio cubano, com exceção de alguns itens básicos, como medicamentos.
Durante a reunião da OPAS, a Venezuela também se manifestou sobre as sanções ilegais que os EUA estão impondo, com o intuito de forçar a saída do presidente Nicolás Maduro, que foi eleito em 2019 sob fortes suspeitas de fraude eleitoral.
Carlos Humberto Alvarado, ministro da saúde da Venezuela, disse que “é necessário reiterar nossa reclamação sobre as medidas coercitivas e ilegais impostas pelo governo dos Estados Unidos, falsamente apresentadas como sanções individuais”. Segundo o ministro, as sanções ilegais dos EUA afetaram o acesso à saúde e alimentação da população.
A representante dos EUA, Kristen Pisani, disse que as sanções impostas por causa do regime ilegítimo de Nicolás Maduro não deveria ser um impedimento à ajuda humanitária prestada à Venezuela. Ela, também, negou abertamente as denúncias de sanções ilegais.
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