Os Estados Unidos encerraram junho renovando uma máxima histórica bastante negativa. De acordo com o Departamento do Trabalho norte-americano, o país registrou 10,073 milhões de vagas de trabalho em aberto. Esse é o maior nível já registrado pelo órgão.
Em resumo, as contratações subiram para 6,7 milhões em julho, bem como os desligamentos, que também tiveram alta no mês, para 5,6 milhões. Ao mesmo tempo, a taxa demissões seguiu sem alterações, ficando em 0,9%. Dessa forma, continuou na mínima histórica, registrada no mês anterior.
Vale ressaltar que o número de contratações superou o de demissões no período. Isso indica que o nível de emprego no país avançou em junho. No entanto, não foi possível para reduzir o número de vagas em aberto no país. Pelo contrário, o número segue em trajetória ascendente.
Em suma, muitos norte-americanos estão evitando procurar emprego no país por diversos motivos. O primeiro deles é o cheque de US$ 300, oferecido pelo governo federal. O benefício, que surgiu para ajudar a população a enfrentar os impactos provocados pela pandemia da Covid-19, estava encorajando os americanos desempregados a permanecerem em casa.
Além disso, muitos afirmam que ainda temem contrair o novo coronavírus. Por isso, não estavam buscando vagas de emprego. Outro fator que vem impedindo diversos pais de procurar em prego é a dificuldade em conseguir creches acessíveis para os seus filhos. O resultado é um nível recorde de vagas em aberto na economia norte-americana.
Empresas seguem sofrendo para encontrar mão-de-obra
Há meses que as empresas americanas vêm relatando os problemas em conseguir mão-de-obra. A saber, os EUA registraram a criação de 943 mil novos postos de trabalho. Assim, o mercado de trabalho americano manteve o forte ritmo de recuperação.
Embora os números sejam bastante expressivos, não são suficientes para atender a demanda das empresas americanas, que se veem obrigadas a manterem seus trabalhadores. O que explica esse elevado número de vagas em aberta nos EUA são os impactos da pandemia, que fizeram o país sofrer um tombo sem precedente no ano passado.
Em síntese, houve um recorde de 6,867 milhões de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA em uma única semana. Isso acontece no final de março de 2020, mês em que ocorreu a decretação da crise sanitária pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De lá pra cá, a situação do mundo vem melhorando gradativamente. Contudo, as perdas foram tão grandes que será necessário bastante tempo para a recuperação completa.
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