O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) provocou o jogador Neymar, craque da seleção brasileira e do PSG, por conta do anúncio do jogador que declarou seu apoio ao atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que é rival de Lula nas eleições. A “provocação” aconteceu durante a participação do petista no programa “Flow Podcast”, transmitido no YouTube nesta terça-feira (18).
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Durante sua participação, Lula foi perguntado pelo apresentador Igor 3K se sentiu irritado com o apoio de Neymar a Bolsonaro. Na ocasião, Lula disse que não ficou e que Neymar é livre para votar em quem quiser. Apesar da fala, o petista cutucou o astro da seleção brasileira, dizendo que o atleta pode estar com medo dele vencer a eleição. O motivo: problemas do atleta com a Receita Federal.
“Não, não fico p#to, o Neymar tem direito de escolher o que ele quiser para ser presidente. Eu acho que ele está com medo se eu ganhar as eleições eu vá saber o que o Bolsonaro perdoou da dívida do Imposto de Renda dele. Eu acho que é isso que ele está com medo”, disse Lula.
Hoje, segundo a Receita Federal, Neymar é acusado de ter sonegado impostos durante os anos de 2011 e 2013, principalmente em relação aos pagamentos feitos pelo Barcelona em sua transferência do Santos. No ano de 2015, o órgão apontou que o atleta sonegou R$ 63,6 milhões.
Na época, a Receita Federal listou que houve omissão de rendimentos de fontes do exterior com publicidade e “omissão de rendimentos oriundos de vínculo empregatício pagos pelo Barcelona”. De acordo com as informações, essa quantia teria sido recebida pelas empresas “‘N&N Consultoria Esportiva e Empresarial” e “Neymar Sports”. Todavia, a Fazenda Nacional alegou que houve tributação incorreta, pois os rendimentos do atleta são de pessoa física.
Em 2020, todavia, a Justiça anulou a cobrança depois que Neymar entrou com uma ação para suspender o débito até que o processo fosse julgado. Por conta disso, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) então decidiu recorrer da decisão para voltar a exigir o valor. Até o momento, a reclamação da PGFN não foi julgada.
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