A inflação no Brasil voltou a subir em outubro. A saber, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,59% no mês passado. E essa alta aconteceu, apesar de diversos itens terem registrado queda em seus preços.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, o item cujo preço mais caiu em outubro foi o melão (-13,29%), na comparação com setembro.
O top dez ainda teve leite longa vida (-6,32%), brócolis (-4,63%), melancia (-4,56%), repolho (-4,49%), feijão-carioca (rajado) (-3,55%), feijão mulatinho (-3,4%), transporte por aplicativo (-3,13%), óleo de soja (-2,85%) e aluguel de veículo (-2,83%).
Todos estas quedas ajudaram a reduzir o avanço do IPCA em outubro. Contudo, as altas foram bem mais expressivas e impulsionaram o indicador no mês. Aliás, o IPCA é considerado a inflação oficial do Brasil.
Seja como for, ao considerar as variações acumuladas nos últimos 12 meses, o etanol liderou o ranking nacional. Veja abaixo os dez itens cujos preços mais subiram em 12 meses:
- Etanol: -25,99%
- Gasolina: -22,33%
- Tomate: -21,99%
- Pimentão: -21,53%
- Energia elétrica residencial: -18,21%
- Carne de carneiro: -16,16%
- Feijão-preto: -15,24%
- Acesso à internet: -12,09%
- Laranja-lima: -11,69%
- Abacate: -9,34%
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Redução do ICMS derruba preços de combustíveis e energia
A saber, o IPCA recuou entre julho e setembro devido à redução do ICMS sobre combustíveis e energia elétrica. Em resumo, a lei federal passou a limitar a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os seguintes produtos e serviços:
- Combustíveis;
- Energia elétrica;
- Gás natural;
- Telecomunicações;
- Transporte coletivo.
De acordo com o IBGE, tanto os combustíveis quanto a energia elétrica exercem forte impacto no IPCA. Por isso, o indicador fechou os últimos meses em queda, puxado por estes importantes itens.
Em outubro, a maioria dos combustíveis também caiu. A propósito, o preço da gasolina recuou 1,56%, enquanto o óleo diesel ficou 2,19% mais barato e o gás veicular caiu 1,21%. A única exceção foi o etanol, que registrou alta de 1,34%, após meses de recuos.
Embora os preços destes itens tenham caído, os recuos foram bem menos expressivos que nos meses anteriores. Por isso, estas quedas não conseguiram puxar o IPCA para o campo negativo, como anteriormente.
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