A inflação no Brasil subiu novamente em novembro. A saber, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,41% no mês passado. E essa alta aconteceu, apesar de diversos itens terem registrado queda em seus preços.
Embora a inflação tenha avançado, diversos itens ficaram mais baratos no mês passado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, o item cujo preço mais caiu em novembro foi a abobrinha (-16,81%), na comparação com outubro.
O top dez ainda teve passagem aérea (-9,8%), manga (-7,12%), batata-doce (-7,11%), leite longa vida (-7,10%), produto para unha (-6,37%), perfume (-4,87%), repolho (-4,33%), computador pessoal (-3,88%) e peixe-cavala (-3,87%).
Todos estas quedas ajudaram a reduzir o avanço do IPCA em novembro. Contudo, as altas foram bem mais expressivas e impulsionaram o indicador no mês. Aliás, o IPCA é considerado a inflação oficial do Brasil.
Seja como for, ao considerar as variações acumuladas nos últimos 12 meses, o etanol liderou o ranking nacional, assim como aconteceu em outubro. Veja abaixo os dez itens cujos preços mais subiram em 12 meses:
- Etanol: -27,98%
- Gasolina: -25,5%
- Energia elétrica residencial: -18,76%
- Carne de carneiro: -14,88%
- Pimentão: -14,52%
- Laranja-lima: -12,91%
- Acesso à internet: -12,09%
- Tomate: -11,04%
- Feijão-preto: -10,94%
- Videogame (console): -10,47%
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Redução do ICMS derruba preços de combustíveis e energia
A saber, o IPCA recuou entre julho e setembro devido à redução do ICMS sobre combustíveis e energia elétrica. Em resumo, a lei federal passou a limitar a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os seguintes produtos e serviços:
- Combustíveis;
- Energia elétrica;
- Gás natural;
- Telecomunicações;
- Transporte coletivo.
De acordo com o IBGE, tanto os combustíveis quanto a energia elétrica exercem forte impacto no IPCA. Por isso, o indicador fechou os últimos meses em queda, puxado por estes importantes itens.
Em novembro, o preço médio dos combustíveis subiu 3,29%, após meses de queda. Esse avanço foi impulsionado pelas altas do etanol (7,57%), da gasolina (2,99%) e do óleo diesel (0,11%).
Aliás, a gasolina exerceu o maior impacto individual no IPCA em novembro, de 0,14 ponto percentual. A única exceção foi o gás veicular, cujo preço caiu 1,77% no mês passado.
Por fim, vale destacar que, apesar de ainda liderar o ranking nacional, o etanol vem subindo expressivamente nos últimos meses no país. A expectativa é que o item perca em breve a primeira posição no ranking das quedas.
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