Na cidade da Filadélfia, situada nos Estados Unidos da América (EUA), o estupro de uma mulher em um metrô poderia ter sido evitado ou interrompido rapidamente. No entanto, uma multidão se tornou os espectadores do crime que resolveu gravar o acontecimento ao invés de ligar para a emergência e pedir a ajuda da polícia.
O estupro aconteceu à noite em um trem operado pela Autoridade de Transporte do Sudeste da Pensilvânia (Septa), responsável por operar o transporte público no entorno da Filadélfia. Informações passadas pelo porta-voz do SEPTA, John Golden, nesta terça-feira, 19, apontaram que outras pessoas estavam presentes no trem durante o terrível acontecimento.
O homem ainda ponderou que qualquer pessoa ali poderia ligar para a emergência por meio do número 911, mas decidiram pegar o celular e filmar o ocorrido. A Septa e o Departamento de Polícia de Upper Darby firmaram uma parceria com o propósito de investigar o incidente, porém, nenhum outro detalhe sobre o caso foi divulgado até agora.
Ao analisar as imagens da câmera de segurança instalada no vagão, é possível notar que a mulher tentou espantar o agressor empurrando-o repetidamente logo que ele começou a apalpar e, por fim, iniciou a agressão sexual. O estupro levou cerca de 45 minutos, tempo pelo qual os demais passageiros apontaram os telefones para o agressor sem intervir em momento algum.
Um longo período mais tarde, uma pessoa finalmente tomou a iniciativa de fazer uma denúncia pelo 911, chamada que foi atendida por um funcionário da Septa. Em seguida, agentes da polícia foram levados à bordo, interrompendo o ataque e prendendo o agressor. Trata-se de Fiston Ngoy, de 35 anos de idade, e que já enfrenta diversas acusações de estupro e demais crimes de agressão sexual.
O endereço mais recente informado por Ngoy trata-se de um abrigo para pessoas em situação de rua na Filadélfia. Agora, ele foi detido sob a condição de obter a liberdade ao pagar uma fiança de US$ 18 mil, o equivalente a R$ 100 mil. O homem tem uma audiência marcada para o dia 25 de outubro, data na qual acontecerá o julgamento.
De acordo com Ngoy, não foi um estupro, mas sim um acontecimento consensual após a mulher tomar algumas cervejas depois do trabalho e, por engano, embarcou no metrô errado às 21h15. Minutos mais tarde, Ngoy entrou no mesmo vagão, sentou ao lado dela e começou a tocá-la, até que o estupro em si, começou às 21h52.