O pagamento do Auxílio Emergencial evitou um agravamento da miséria no país em 2020, com as dificuldades decorrentes da pandemia de covid-19.
Ainda assim, praticamente um em cada quatro brasileiros ainda viveu abaixo da linha de pobreza no ano passado, o que representa quase 51 milhões de pessoas.
Esses dados foram constatados com os dados da Síntese dos Indicadores Sociais (SIS), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Auxílio Emergencial
Com a implementação de programas sociais, a porcentagem de pessoas na faixa da extrema pobreza caiu para 5,7% em 2020, ano em que a pandemia teve início. A saber, essa quantidade representa cerca de 12 milhões de pessoas no país.
De acordo com dados para um ambiente simulado sem o pagamento do auxílio emergencial, a proporção de brasileiros enquadrados na faixa de extrema pobreza seria de 12,9% em 2020, o que representa mais de 27 milhões de pessoas.
Como comparativo, em 2019 o percentual de brasileiros nesta faixa era de 6,8%, um índice maior do que o que foi constatado no ano inicial da pandemia.
Por fim, ainda vale destacar que a porcentagem de extrema pobreza de 5,7% em 2020 é a menor desde 2015, ocasião na qual a taxa era de 5,1%.
Já falando da faixa de pobreza, em 2020 o percentual foi de 24,1% (51 milhões de pessoas), sendo que a menor taxa observada até então havia sido em 2014, com 23,8%.
Novamente, em um cenário simulado pelo IBGE, sem as transferências de renda, este número teria chegado a 32,1%, o que refletiria um total de mais de 67 milhões de brasileiros.
Desigualdade
Além disso, segundo o IBGE, ao atingir em especial a população mais vulnerável, os programas sociais reduziram ainda a desigualdade, mesmo que de maneira temporária.
Assim, o índice que mede a disparidade entre os ganhos de pobres e ricos (índice de Gini), recuou para 0,524 em 2020, o mesmo índice de 2015.
Com informações do IBGE
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