Os cidadãos brasileiros continuam a monitorar atentamente as atividades do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Isso se deve, em grande parte, ao fato de muitas pessoas estarem ingressando no mercado de trabalho com uma visão voltada para o futuro.
Nesse contexto, surge uma dúvida comum entre os jovens que estão iniciando sua jornada profissional: será que os estudantes têm direito a benefícios do INSS?
Vamos compreender se os indivíduos mais jovens podem receber pagamentos através do sistema de Previdência Social, além de explorar os direitos dos trabalhadores no início de suas carreiras e na entrada no mercado de trabalho.
A Inclusão de Estudantes no âmbito do INSS
Primeiramente, é essencial lembrar que estamos principalmente discutindo a situação daqueles adolescentes e jovens adultos que estão se dedicando a estágios e começando a trabalhar.
É inquestionável que os estudantes que participam de programas de estágio estão enfrentando situações que, em essência, equivalem ao trabalho. Aspectos como remuneração, carga horária, responsabilidades e até mesmo a formalização do vínculo empregatício em diversos casos são considerações cruciais.
Em outras palavras, essa fase de experiência não pode ser desconsiderada como um tipo de trabalho. É exatamente por esse motivo que os estudantes estão incluídos no escopo do INSS.
Isso implica que esse grupo de indivíduos tem o potencial de usufruir das proteções conferidas pelos direitos da Previdência Social. Entretanto, é fundamental reconhecer que existem algumas particularidades que precisam ser observadas.
Contribuição ao INSS durante o Estágio?
Vamos esclarecer uma pergunta frequente para aqueles que estão dando os primeiros passos na carreira. Os estágios não estão legalmente enquadrados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Em outras palavras, indivíduos envolvidos em estágios não são obrigados a contribuir de acordo com o contrato. No entanto, atenção: estagiários têm a opção de começar a contribuir de forma voluntária a partir dos 16 anos de idade. Isso significa que quem optar por fazê-lo estará depositando contribuições que contam para a aposentadoria e outros benefícios.
Essa condição também se aplica aos jovens aprendizes: eles podem optar por contribuir de forma voluntária para acumular esse tempo de contribuição.
Quais Benefícios do INSS
Estão disponíveis para estudantes? Vale ressaltar que cada tipo de benefício associado à Previdência Social possui regras específicas. No entanto, aqueles que contribuírem de forma voluntária por pelo menos 12 meses têm acesso à maioria desses benefícios.
Portanto, estudantes que contribuem para o INSS podem se qualificar para serviços como:
- Pensão por morte;
- Benefício por incapacidade temporária (decorrente de acidente ou doença);
- Salário-maternidade;
- Auxílio-reclusão.
Como Contribuir
É importante mencionar que esse tipo de contribuição não está restrito apenas a estudantes, mas também está disponível para pessoas que não estão empregadas formalmente. Por exemplo, uma dona de casa pode optar por essa alternativa.
Quanto ao processo de contribuição voluntária ao INSS, é simples:
- Os interessados podem acessar o site do Meu INSS (ou utilizar o aplicativo): https://meu.inss.gov.br/;
- Busque pelo serviço “Contribuintes a partir de 29/11/1999”;
- Escolha a categoria “Facultativo”;
- Sempre emita a Guia da Previdência Social (GPS) para efetuar os pagamentos.
Portanto, se você é um estudante que já está pensando em sua aposentadoria pelo sistema da Previdência Social ou em receber benefícios, considere iniciar suas contribuições o mais cedo possível.
E o que dizer dos jovens aprendizes?
Além disso, assim como os estagiários, os estudantes que estão trabalhando como jovens aprendizes também têm direitos específicos. Importante lembrar que, nesse caso, a condição para se engajar nessa função é estar matriculado em uma instituição de ensino, a fim de possibilitar a formalização do contrato.
Independentemente disso, aqueles que desempenham a função de jovem aprendiz têm seu registro registrado na carteira de trabalho, o que resulta na retenção mensal das contribuições necessárias para a Previdência Social pela empresa empregadora. Isso significa que eles também têm direito a receber os benefícios concedidos pelo INSS.
Ademais, a empresa contratante tem a obrigação de cumprir outros requisitos, como efetuar o pagamento do décimo terceiro salário e recolher o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No que diz respeito aos auxílios proporcionados pelo INSS, são os mesmos mencionados anteriormente.
No entanto, vale a pena estar atento a um detalhe importante: caso o jovem aprendiz receba uma remuneração inferior ao salário mínimo, ele deverá complementar a contribuição para o INSS durante esse período de serviço. Isso se dá porque os descontos automáticos ocorrem, mas ainda existe um valor mínimo que deve ser respeitado. Portanto, é essencial manter a atenção voltada para essas considerações.