A Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira (20), a estudante de odontologia Nathiely da Silva do Nascimento, de 20 anos. De acordo com as informações, a jovem foi detida porque se apresentava, nas redes sociais, como médica especialista em ortopedia e traumatologia do hospital municipal Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro.
No Instagram, a suspeita, que tem mais de seis mil seguidores, compartilhava sua suposta rotina de médica com fotos dando plantões, usando jaleco com seu nome e segurando um estetoscópio.
Todavia, segundo as investigações, tudo se tratava de uma farsa. De acordo com a Polícia Civil, Nathiely teria usado um crachá falso. No documento, consta o nome da jovem e no verso, a informação de que ela seria estagiária.
Segundo os investigadores, a jovem se passava por médica nas redes sociais sendo que, em várias dessas publicações, é possível ver fotos de guias médicas com prescrição de medicamentos com o carimbo que levava o nome da jovem. Nas postagens, Nathiely aparecia com o avental do Hospital Miguel Couto, onde ela foi presa.
A prisão de Nathiely
Segundo as informações, Nathiely não fazia atendimentos no hospital onde foi capturada e nem era contratada da unidade. Todavia, os investigadores não descartam que ela tenha atuado como falsa médica em alguma unidade de saúde do Rio, visto que, em outras publicações nas redes sociais, ela sinalizou que estaria em um outro centro médico.
A jovem foi descoberta após ter sido abordada pela diretora da unidade de saúde, que desconfiada, pediu a identificação da jovem. Na oportunidade, Nathiely apresentou somente uma carteira digital de estudante de medicina, que também é falsa.
Por conta da suspeita, um agente da Polícia Militar (PM) foi chamado e a farsa foi descoberta. Com a jovem, foram encontrados: jaleco com seu nome, crachá falso, estetoscópio e um carimbo com a identificação de Nathiely como dentista.
Nathiely foi autuada em flagrante na 12ª DP (Copacabana) pelo crime de uso de documento falso, que tem pena de 2 a 6 anos de prisão. Caso seja comprovado que ela tenha atuado como médica em alguma unidade, outros crimes poderão ser incluídos em sua ficha.
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