Michelle Bolsonaro (PL), esposa do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), usou suas redes sociais para demonstrar apoio ao marido depois da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tornou o ex-chefe do Executivo inelegível por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
Em sua conta do Instagram, a Michele Bolsonaro se colocou “à disposição” do marido, que ficará impedido de disputar eleições pelos próximos oito anos. “Estou às suas ordens, meu Capitão”, escreveu, em publicação no Instagram. Ela também citou uma passagem bíblica que fala de “injustiça”.
Ainda na publicação, a ex-primeira-dama ressaltou que segue “confiando”, “acreditando” e ao lado de Bolsonaro. “Nosso sonho segue mais vivo do que nunca”, escreveu ela, que hoje é a presidente nacional do Partido Liberal (PL) Mulher.
Michelle Bolsonaro candidata
Hoje, o nome mais forte para substituir Bolsonaro como representante da direita no Brasil é o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi ministro do ex-presidente. Na quinta (29), todavia, Bolsonaro afirmou que apoiaria uma eventual candidatura da esposa, dizendo ainda que seria um “bom cabo eleitoral”.
“Lógico que sim, apoio uma candidatura de Michelle. Se eu estiver fora do jogo político, serei um bom cabo eleitoral. Tem vários bons nomes por aí, mas acredito até o último segundo na isenção e em um julgamento justo e sem revanchismo por parte do TSE”, disse na oportunidade o ex-chefe do Executivo.
Bolsonaro condenado
Assim como publicou o Brasil123, Bolsonaro foi condenado no julgamento que começou em 22 de junho e terminou nesta sexta, após quatro sessões. Apesar de a defesa poder entrar com recursos tanto no TSE quanto no Supremo Tribunal Federal (STF), a decisão da Justiça Eleitoral já está valendo.
O ex-presidente foi condenado por conta de uma reunião com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada, convocado por ele mesmo. Na ocasião, o até então presidente atacou, sem nenhuma prova, o sistema eleitoral brasileiro. Não suficiente, o encontro, além de ter sido transmitido nas redes sociais de Bolsonaro, também foi veiculado na TV oficial do governo.
Na quinta, votaram quatro ministros, sendo eles: Benedito Gonçalves, relator da ação, Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares. Já nesta sexta, foi a vez de votar três membros do TSE: Cármen Lúcia, Nunes Marques e Alexandre de Moraes. Confira como se posicionou cada um dele:
- Benedito Gonçalves, relator: pela condenação;
- Raul Araújo: pela absolvição;
- Floriano de Azevedo Marques: pela condenação;
- André Ramos Tavares: pela condenação;
- Cármen Lúcia: pela condenação;
- Nunes Marques: pela absolvição;
- Alexandre de Moraes: pela condenação.
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