O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), voltou nesta sexta-feira (17) ao cargo após 68 dias afastado por conta de uma ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Nas redes sociais, o governador publicou um vídeo onde aparece bastante emocionado ao retornar ao seu escritório na sede do governo em Brasília.
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De acordo com o gestor do Distrito Federal, durante o afastamento, ele passou duas vezes na porta do Palácio do Buriti, sede do governo local. “Dentro da minha liberdade, estava me sentindo um prisioneiro”, afirmou ele, que bastante emocionado, disse estar “muito feliz” com o retorno. A volta Ibaneis Rocha (MDB) ao cargo de governador do Distrito Federal aconteceu porque, na última quarta (15), Alexandre de Moraes determinou o retorno, de forma imediata, do gestor, que foi afastado em janeiro por conta dos atos terroristas ocorridos em Brasília no dia 08 de janeiro.
Em um primeiro momento, Alexandre de Moraes determinou que o afastamento seria por, no mínimo, 90 dias. No entanto, na quarta, com 66 dias de afastamento, o ministro mandou o governador assumir o cargo, que até então estava sendo ocupado pela vice-governadora, Celina Leão (PP). Em sua decisão, o ministro ressaltou que não existem mais elementos que sustentem o afastamento.
“Tanto a defesa em sua petição quanto a Procuradoria-Geral da República (PGR), com base nas diligências já concluídas, tais como as conclusões do Relatório de Intervenção Federal e anexos, e diligências resultantes do cumprimento das medidas cautelares deferidas nestes autos, sustentam que – no presente momento – não permanecem presentes os requisitos para a manutenção da medida de suspensão do exercício da função pública de Governador do Distrito Federal”, disse Alexandre de Moraes.
Ainda conforme o ministro, “o momento atual da investigação – após a realização de diversas diligências e laudos – não mais revela a adequação e a necessidade da manutenção da medida”, pois, segundo Alexandre de Moraes, não se vislumbra, hoje, risco de que o retorno à função pública de Ibaneis Rocha possa “comprometer a presente investigação ou resultar na reiteração das infrações penais investigadas”.
Por fim, Alexandre de Moraes ainda ressaltou que “os Relatórios de Análise da Polícia Judiciária relativos ao investigado não trazem indícios de que estaria buscando obstaculizar ou prejudicar os trabalhos investigativos, ou mesmo destruindo evidências, fato também ressaltado pela defesa e pela Procuradoria-Geral da República”.
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