No dia 5 de novembro de 2024, os americanos vão às urnas escolher o novo presidente da maior economia do mundo. Por conta da importância dos Estados Unidos para o mundo, a escolha do novo ocupante do cargo afeta todo o planeta. E as primeiras pesquisas já apontam para uma nova disputa apertada entre Joe Biden e Donald Trump.
Apesar disso, analistas reforçam que o cenário ainda é incerto. Isso porque Trump tem questões judiciais a serem resolvidas. Por outro lado, Biden pode não se candidatar à reeleição.
Pesquisas mostram empate técnico
As primeiras pesquisas de intenção de voto nos Estados Unidos apontam para um cenário parecido com 2020. Na ocasião, Joe Biden venceu Donald Trump com uma pequena margem de vantagem. Para 2024, se as pesquisas se mantiverem iguais, os americanos decidirão no detalhe o novo presidente do país.
Contudo, as pesquisas mais recentes mostram uma vantagem para Donald Trump. Segundo uma pesquisa divulgada pelo jornal “The New York Times”, o republicano tem uma vantagem de 4 a 7 pontos, levemente acima do empate técnico. Mas a principal informação é em relação aos estados em que Trump lidera: Geórgia, Pensilvânia, em Michigan, Nevada e no Arizona. Nesses estados, o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, venceu em 2020.
Por conta disso, eles são considerados estados decisivos. Dessa forma, os candidatos devem trabalhar nessas geografias de forma mais ativa, buscando conseguir os votos dos indecisos. Vale lembrar que nos Estados Unidos o voto não é obrigatório. Por isso, ambos os candidatos também lutam para levar os eleitores às urnas.
Do lado democrata, muitas pessoas defendem a candidatura de outro presidenciável, em especial por conta da idade avançada de Biden (80 anos), pelo andamento da economia do país e a baixa popularidade do atual presidente. Contudo, ele é amplo favorito nas primárias do partido.
Como funciona a eleição dos Estados Unidos?
A eleição dos Estados Unidos é diferente das eleições brasileiras. Isso porque, por aqui, todos precisam votar e o presidente é escolhido conforme a maioria dos votos válidos, assim como aconteceu com Lula. Nos Estados Unidos, nem sempre o candidato mais votado se torna presidente do país.
Isso porque os estados são divididos em distritos eleitorais, que variam em número conforme a quantidade de pessoas que vivem no estado. Assim, a Califórnia, quem tem pouco menos de 40 milhões de habitantes, tem 53 distritos eleitorais. Por outro lado, o Kansas, que conta com menos de 3 milhões de pessoas, tem apenas quatro distritos eleitorais.
Assim, os eleitores votam para definir os delegados do estado e, posteriormente, os delegados fazem os votos. Por isso, vence o presidente que ganhar mais distritos eleitorais. Em 2016, Hillary Clinton teve mais votos que Trump, mas não ganhou as eleições.
Por conta disso, alguns estados dos Estados Unidos são decisivos, seja por conta do número de distritos eleitorais, seja pelo histórico de votação. Dessa forma, mesmo que Trump esteja à frente no número de votos, Biden pode sair eleito por conta das regras da eleição.