Os Estados Unidos estão em apuros e podem colocar a economia do mundo todo em perigo. Isso porque, pela primeira vez na história, o governo pode deixar de pagar seus credores, em um ato inédito de calote em diversos agentes de mercado. Com isso, diversos países seriam seriamente afetados, inclusive o Brasil.
Para evitar o colapso da economia, o Congresso americano tem até 1° de junho para aumentar o limite da dívida dos Estados Unidos. Atualmente, o governo americano tem US$ 31,4 trilhões em empréstimos. Contudo, a medida não é novidade.
Estados Unidos novamente em apuros
O Congresso americano tem até 1º de junho para aumentar o limite da dívida americana. Caso isso não aconteça, o sistema econômico mundial pode passar por sérios problemas, segundo economistas. Isso porque os credores dos Estados Unidos são, além de investidores, governos soberanos. Atualmente, até mesmo o Brasil empresta dinheiro para os americanos.
A medida serve para assegurar as chamadas reservas internacionais dos países. Pelo fato de ser a maior economia do mundo, os Estados Unidos têm o título mais seguro do mundo. Contudo, caso o Congresso não aumente o limite da dívida, não haverá pagamentos.
Atualmente, o limite da dívida é de US$ 31,4 trilhões, exatamente o valor em empréstimos dos americanos. A expectativa é que haverá um aumento para US$ 32,9 trilhões. Caso isso aconteça, será a 78ª vez que o aumento acontecerá desde 1960. Dos aumentos, 49 aconteceram sob governos republicanos e 29 sob governos democratas.
A discussão sobre a dívida nos Estados Unidos se assemelha à discussão que aconteceu recentemente no Brasil. Por aqui, a aprovação do arcabouço fiscal serviu para limitar os gastos. Contudo, especialistas ressaltam que a diferença nos projetos é relevante. Isso porque, para os americanos, o freio é um valor específico, enquanto que no Brasil o gasto funciona em função do aumento de preços.
Biden não quer acordo
Apesar de ser uma medida necessária para não prejudicar a economia mundial. o presidente Joe Biden não quer um acordo com o Legislativo americano. Segundo o presidente, limitar o corte de gastos públicos não pode acontecer. Contudo, a oposição quer impor cortes de gastos para aprovar o aumento da dívida dos Estados Unidos.
O projeto de lei que aumenta o teto da dívida foi aprovado no Congresso americano em 26 de abril, com 217 votos. Agora, o projeto deve passar pelo Senado. Por lá, o governo não tem maioria, mas os assentos independentes e o voto de minerva de sua vice, Kamala Harris, podem dar vitória ao governo. Contudo, Biden disse que vetará qualquer projeto que imponha corte de gastos públicos, mesmo que seja aprovado pelo Legislativo.
Para economistas, não há a chance de calote dos Estados Unidos. Isso porque essa medida representaria um problema global pior que a crise econômica de 2008. Apesar disso, ainda há discordância entre o governo e a oposição.