Jair Bolsonaro (PL), presidente da República, comentou nesta segunda-feira (11) o caso do médico anestesista que é acusado de ter estuprado uma mulher grávida enquanto ela passava por uma cesariana. De acordo com o chefe do Executivo, o suspeito deveria “apodrecer para sempre na cadeia”.
Assim como publicou o Brasil123, o caso aconteceu no Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, no Rio de Janeiro. Na ocasião, Giovanni Quintella Bezerra, um homem de 32 anos, acabou sendo preso em flagrante.
O motivo: funcionários da unidade filmaram o momento em que o médico estava introduzindo o seu órgão genital na boca da paciente, que estava desacordada no momento da ação. Por conta do caso, que teve repercussão nacional, Bolsonaro foi ao Twitter e defendeu que a legislação brasileira deveria permitir a prisão perpétua e que o acusado não deveria ter nenhum privilégio.
“É extremamente lamentável que a nossa Constituição não permita sequer que o maldito estuprador que abusou de uma paciente grávida anestesiada no RJ apodreça para sempre na cadeia, sem nenhum tipo de privilégio. Direitos humanos é para a vítima, esse vagabundo que se exploda”, publicou Bolsonaro.
Após o crime, Giovanni Quintella Bezerra foi levado para a carceragem da Delegacia da Mulher de São João de Meriti. Em nota, a defesa do médico afirmou que, até o momento, ainda não teve acesso aos depoimentos e provas e, por isso, não se manifestará sobre a acusação contra o anestesista.
Em um comunicado publicado na manhã desta segunda, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) informou que abriu um processo para investigar o caso e tomar as medidas administrativas cabíveis. Também em nota, a direção do hospital, além de informar que abriu uma sindicância interna, afirmou ter notificado o Cremerj.
“Informamos que será aberta uma sindicância interna para tomar as medidas administrativas, além de notificação ao Cremerj. A equipe do Hospital da Mulher está prestando todo apoio à vítima e à sua família”, afirmou o hospital, completando que “esse comportamento, além de merecer nosso repúdio, constitui-se em crime, que deve ser punido de acordo com a legislação em vigor”.
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