Enquanto o presidente eleito se volta para o setor social, outros setores estão à mercê dos devidos cuidados e necessidades. Por isso que hoje, nós vamos indicar qual setor vai ter orçamento menor em 2023.
Enquanto os esforços estão voltados para pagar os benefícios sociais, inclusive pretendendo aprovar uma PEC, para aumentar os gastos e furar o teto, a educação e a criação do conhecimento, está sendo deixada de lado. Estamos falando no setor de criação de conhecimento, que não está entre as prioridades do presidente eleito, e vem sofrendo reduções sucessivas nos valores orçamentários.
A realidade vivenciada pelo setor de criação de conhecimento no Brasil com o orçamento menor
O levantamento efetuado através da Frente Parlamentar Mista da Educação e do Observatório do Conhecimento, que teve divulgação na última terça-feira, constatou que os valores no orçamento para 2023, terão reajuste de acordo com a inflação relativa ao ano de 2022.
Desta forma, tanto o setor de educação, quanto de criação de conhecimento, terá a previsão de recebimento do valor de R$17,1 bilhões. Isso representa 58,5% menor dos investimentos realizados em 2014. Estes números indicam que o setor passará por muitas dificuldades no ano de 2023, já que o ensino superior e a pesquisa científica irão receber o menor aporte financeiro dos últimos 8 anos.
Assim, espera-se que os esforços se voltem também para este setor, já que o PLOA, deverá ser voltado até o dia 16 de dezembro.
Quais são as iniciativas para melhoria do setor?
Segundo Israel Batista, deputado federal, que é presidente da Frente Parlamentar Mista de Educação, está sendo solicitado, que seja feita uma recomposição dos valores do setor, correspondendo aos valores pagos em 2019.
A justificativa desta retroatividade neste ano específico, é por entender que representa o menor valor para que os setores envolvidos funcionem de maneira adequada no que se refere à ciência e educação superior.
Quais são os principais prejuízos para o conhecimento brasileiro, com os cortes realizados no orçamento?
Os valores calculados pelos órgãos envolvidos, consideram os gastos e investimentos relacionados:
- Das universidades públicas federais;
- Dos custos de órgãos relacionados à criação de ciência e tecnologia como o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e o CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal a Nível Superior).
Assim, com os novos cortes realizados no orçamento, e que não estão sendo considerados pela equipe de transição, haverá um corte nas despesas de 6,7%. Desta maneira, são R$400 milhões que são cortados para 2023 relacionados a custos e investimentos.
Esta redução representa um significativo empobrecimento da criação de conhecimento científico brasileiro, já que 95% da criação científica do Brasil ocorre nas universidades. É uma perda para a coletividade, e todos os brasileiros irão sentir a falta de tecnologia, de conhecimento, que pode modificar a saúde e educação.
As perdas neste setor irão influenciar diretamente na vida dos brasileiros, que não poderão contar com avanços significativos de tecnologia e fomento da ciência.
Sendo assim, é muito importante que saibamos o cenário politico e econômico para o ano que vem para entendermos o que nos espera.