Um esquema de corrupção dentro do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ), desviou dinheiro dos trabalhadores de saúde do estado. Quem está dizendo isso é a própria Procuradoria Geral da República (PGR).
Na manhã desta terça-feira (2), a Polícia Federal (PF) realizou uma operação contra quatro desembargadores desse tribunal. De acordo com os agentes, eles participaram de todo o esquema do desvio do dinheiro.
A PF, aliás, explicou que a principal suspeita é que o grupo tenha ajudado a desviar cerca de R$752 mil. Esse dinheiro sairia do Governo para a Organização Pró-Saúde. Essa era portanto a organização que repassaria esse dinheiro para esses profissionais.
Ainda de acordo com a Polícia, a operação desta terça (2) cumpriu 11 mandados de prisão. Desses, quatro eram portanto desembargadores. Foram eles:
- Marcos Pinto da Cruz
- José da Fonseca Martins (ex-presidente do TRT)
- Fernando Antonio Zorzenon da Silva (ex-presidente do TRT)
- Antonio Carlos de Azevedo Rodrigues
Além desses nomes, a operação está mirando no ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Mas não parou por aí. Eles também miraram o ex-candidato à presidência, Pastor Everaldo. A notícia logo se espalhou pelas redes sociais.
TRT no Rio
O TRT é portanto aquilo que se pode chamar de segunda instância trabalhista. Quando o trabalhador entra com um processo na Justiça do Trabalho, ele provavelmente vai ter que passar por um. Um desembargador possui várias funções.
Mas nenhuma dessas funções é desviar dinheiro público dos profissionais de saúde. Nos últimos meses muitos desses profissionais protestaram por falta de pagamento. O Governo sempre repetiu que não conseguiria pagar os valores.