Na segunda-feira (07), informações divulgadas pelo jornal “Folha de S.Paulo” afirmavam que o ministro da Economia, Paulo Guedes, planejava avaliar o congelamento dos preços dos combustíveis por conta das recentes altas. Na noite desta terça (08), no entanto, Paulo Guedes disse que “não tem congelamento” de preços de combustíveis.
“Esquece esse ‘troço'”, afirmou o chefe da pasta ao entrar em seu carro e sair do local. Mais cedo, ele havia dito que somente “maluco congela preço”. Essa afirmação foi feita depois de jornalistas o questionarem sobre a informação de que ele teria sugerido congelar os preços.
Segundo a “Folha”, a disparada do preço do petróleo com a guerra no Leste europeu levou a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) a começar a discutir, até mesmo com o Congresso, sobre a possibilidade de congelar os preços dos combustíveis pela Petrobras.
Essa proposta foi adotada durante o governo de Dilma Rousseff (PT) e bastante criticada por economistas. Até por isso, Paulo Guedes, e também a pasta, tem se mostrado contra a medida que, caso tomada, significaria que a alta do petróleo no mercado internacional não refletiria no preço final, impactando assim nos lucros da Petrobras e, em última instância, dos seus acionistas.
Uma outra ideia, informou a jornalista Ana Flor, da “Globo News”, foi apresentada na manhã desta terça. Neste modelo, o governo ofereceria um subsídio de R$ 300 milhões por ponto percentual de alta a partir do momento que o barril do petróleo alcançasse US$ 95 – hoje o preço quase bateu US$ 130.
Segundo a jornalista, com esse sistema, a expectativa é que o governo teria que arcar com R$ 27 bilhões para conseguir manter o preço dos combustíveis nos níveis atuais – A Petrobras não reajusta os preços da gasolina e diesel há 55 dias. Nesse sentido, calcula-se que existe uma defasagem de cerca de 40% nos preços.
Nesta terça, existia a previsão de um encontro entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, com o senador Jean Paul Prates (PT-RN), relator das propostas envolvendo combustíveis no Senado. Todavia, a informação é que esse encontro não ocorreu.
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