Especialistas da Fundação Getúlio Vargas defendem contrapartidas econômicas ao Auxílio Emergencial. Dessa forma, eles querem que o Governo pague o auxílio, mas disseram que o mesmo governo precisa tomar medidas econômicas.
Eles não falaram claramente quais seriam essas medidas. O Ministro da Economia, Paulo Guedes, já apontou o congelamento de salários dos servidores públicos como solução. Mas esses especialistas evitaram falar sobre essa medida.
A discussão sobre essas contrapartidas aconteceu em um Seminário do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) nesta segunda-feira (8). Uma dessas especialistas foi a economista Silvia Matos. Ela deu a sua opinião.
“O Governo Federal, de um lado, pode usar o auxílio emergencial para apoiar esses trabalhadores mais vulneráveis e, ao mesmo tempo, sinalizar com contrapartidas em termos de corte de gastos com outros fins”, disse ela.
“Diante desse impacto heterogêneo no mercado de trabalho, os servidores públicos não perderam seus empregos nem tiveram salários reduzidos”, disse a pesquisadora, dando a entender que o Governo pode congelar esses salários neste momento.
Auxílio e as contrapartidas
Outros economistas estavam na reunião e também defenderam as contrapartidas. Seja como for, eles disseram também que o Governo tem que focar mesmo é no processo de vacinação. Eles lamentaram aquilo que chamaram de “lentidão no processo aqui no Brasil”.
É que a ideia é que a vacinação consiga diminuir a taxa de desemprego no Brasil. Isso porque com o controle da doença, muita gente vai se sentir bem para procurar emprego. Essa, aliás, também é a ideia central de Paulo Guedes neste momento.
De acordo com o Ministro, a vacinação vai resolver o problema. O problema é que o Brasil não vacinou nem 5% da sua população ainda. Pelo menos é o que mostram os dados oficiais. O Governo promete que a situação vai melhorar. Isso aconteceria já nos próximos meses.
Mais de 260 mil pessoas já morreram de Covid-19 no Brasil. Isso contando portanto desde o ano de 2020, quando tudo começou. Neste momento, o país está enfrentando o segundo pico da doença. É a maior média móvel de mortes desde o início da pandemia.