O empréstimo consignado do Auxílio Brasil está com as regras definidas, mas os bancos ainda não liberaram essa linha de crédito. Apesar disso, isso não evitou que especialistas em finanças pessoais fizessem duras críticas ao programa, incluindo influenciadores importantes. Vale lembrar que o governo liberou uma taxa de juros de até 3,5% ao mês, principal alvo das críticas.
Por isso, hoje vamos mostrar o que os especialistas estão falando sobre o consignado do Auxílio Brasil. Além disso, é preciso ressaltar os riscos dessa modalidade e, claro, explicar o funcionamento dela para os beneficiários.
Como funcionará esse empréstimo?
O consignado do Auxílio Brasil é a repetição de uma modalidade comum de empréstimo no Brasil. Antes do lançamento dessa modalidade, o empréstimo consignado a funcionários públicos e beneficiários do INSS já existia e contava com taxas bem abaixo da média do mercado. Agora, o Governo Federal estendeu para os beneficiários do programa de transferência de renda.
Com isso, ao pegar o empréstimo consignado do Auxílio Brasil, o valor da parcela é descontado automaticamente do pagamento do benefício. Dessa forma, as chances de inadimplência são bastante baixas, o que, em tese, deveria fazer os juros serem menores. Contudo, um levantamento do Banco Central mostra que os juros de 3,5% do consignado do Auxílio Brasil é semelhantes às taxas dos empréstimos pessoais de maior risco.
A parcela do empréstimo descontada automaticamente pode ser de até R$160, ou seja, 40% do valor do benefício. Além disso, o consignado do Auxílio Brasil pode ser dividido em até 24 parcelas iguais. Atualmente, mais de 10 instituições estão aptas a fazer esse empréstimo, mas nenhuma delas liberou a modalidade para os clientes. A justificativa é que os bancos estão analisando a portaria que define as regras para analisar como fazer o empréstimo de maneira mais segura.
As críticas ao consignado do Auxílio Brasil
Após a publicação da portaria que estipula as regras para o consignado do Auxílio Brasil, influenciadores e especialistas começaram a criticar a modalidade. Isso porque a taxa de juros pode ser de até 50% para os bancos. Contudo, a segurança do empréstimo é bastante alta, o que não justifica as grandes taxas, segundo especialistas.
Em suas redes sociais, a influenciadora Natália Arcuri postou um vídeo fazendo um apelo aos beneficiários que querem aderir ao consignado do Auxílio Brasil. “Se não pegar o dinheiro emprestado do Auxílio Brasil significa sua família não comer, cuidado com a taxa de juros que você vai pegar“, disse a criadora do canal “Me Poupe!”. No vídeo, ela também explica que é possível negociar com o banco. Segundo ela, o ideal é que o beneficiário pague uma taxa parecida com a taxa Selic. No vídeo, a influenciadora sugere a negociação a 1,5% ao mês, um pouco acima do atual rendimento dos títulos públicos.
Além dela, outros especialistas criticaram a medida. Isso porque o consignado do Auxílio Brasil tem a capacidade de aumentar a inadimplência dos beneficiários do programa em outras dívidas. Isso porque ao tirar o empréstimo, o valor que entrará na conta do Auxílio Brasil é menor. Por isso, a capacidade de pagar as contas do mês fica menor, o que pode levar o cidadão a atrasar contas essenciais, como contas de aluguel e contas de luz.