Começou a valer neste sábado (18) o reajuste no preço dos combustíveis feito pela Petrobras. Assim como publicou Brasil123, enquanto a gasolina subiu 5,18%, o diesel teve um acréscimo de 14,26% no preço – esses aumentos devem impactar nos valores cobrados nos transportes e nas mercadorias.
‘Pura demagogia eleitoreira’, diz Ciro sobre Bolsonaro em postura sobre Petrobras
Por conta desses aumentos, o governo tem demonstrado que pretende agir mais diretamente para conter os preços. De acordo com o economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Gesner Oliveira, intervenções na Petrobras para tentar lidar com o aumento de preços são um “tiro no pé do governo”, pois podem gerar críticas do mercado e desvalorizar a empresa
Segundo ele, ao invés do governo, maior acionista da Petrobras, tentar intervir na companhia, poderia adotar uma das inúmeras “medidas compensatórias que podem ser tomadas sem iludir a população dizendo que irão impedir o aumento do preço dos combustíveis”.
Conforme ele explica, uma medida que poderia ser tomada é a criação de um fundo de estabilização dos preços. “Embora haja resistência, há vários anos, muitos analistas têm chamado atenção para o fato de que poderia existir um fundo de estabilização que atenuasse esse impacto”, disse ele em entrevista ao canal “CNN Brasil”.
Em outro momento, Gesner Oliveira relata que o objetivo do fundo seria diminuir o repasse dos preços para a população, principalmente o segmento de renda mais baixa, que é o mais afetado pela mudança. Além do fundo, ele também defende a criação de medidas compensatórias e o reequilíbrio nos contratos de concessionárias responsáveis pelo transporte.
“Isso poderia ser feito inclusive com prorrogação de contrato sem desembolso de recursos”, relatou o economista, completando que é inevitável lidar com os preços internacionais de petróleo, derivados e energia, que estão mais caros. Segundo ele, “não adianta lutar contra um fato econômico”. “Nós não somos uma ilha, nós temos que viver nessa realidade sob pena de pagar um preço muito mais caro lá na frente”, finalizou Gesner Oliveira.
Leia também: Gasolina ou etanol? Descubra qual combustível é mais vantajoso