A pandemia do novo coronavírus teve grandes efeitos em diversos setores do país. Dentre eles, destacam-se os efeitos econômicos da pandemia. Com menos gente nas ruas, o comércio diminuiu seu faturamento. Como resultado, não restou opção a muitas empresas se não realizar o corte de funcionários. Por essa razão, muitos pais foram forçados a tirar seus filhos, estudantes da rede particular de São Paulo, de suas escolas e matriculá-los na rede pública estadual.
Dessa forma, a pandemia do novo coronavírus não afetou apenas de forma direta a educação. Como efeito direto, existem as diversas dificuldades enfrentadas pelos jovens estudantes que, sem as aulas presenciais nas escolas, não conseguem acesso aos conteúdos educacionais. Entretanto, esse efeito indireto da pandemia também pode ter grandes efeitos na educação brasileira e nos governos.
Escolas particulares perderam 12 mil alunos
Os governos de todo o país já esperavam pelo aumento no número de transferências para a rede pública desde o início da pandemia. De acordo com Dados da Secretaria Estadual de Educação, 12 mil alunos deixaram as escolas privadas e migraram para a rede pública. Essas transferências teriam acontecido entre os meses de janeiro e agosto deste ano.
Acima de tudo, essas transferências foram possíveis graças às mudanças aplicadas no sistema de matrículas da rede pública estadual. Anteriormente, essas transferências e matrículas só eram realizadas de forma presencial, na instituição escolhida. Entretanto, a fim de evitar aglomerações e incentivar a transmissão do novo coronavírus, foram implementadas mudanças no sistema. Agora, é possível realizar transferências de forma totalmente on-line. Além disso, essas transferências podem ser realizadas em qualquer período do ano letivo. As matrículas das escolas para o ano letivo de 2021 ainda não foram abertas.
As aulas presenciais nas escolas da rede estadual de São Paulo estão previstas para serem retomadas em 7 de outubro. Porém, essa data poderá ser adiada, caso necessário.