O governo Bolsonaro pode ser investigado pela CPI devido a compra de equipamentos superfaturados que chegam a mais de R$ 3 bilhões. As máquinas agrícolas deveriam ser destinadas para o setor rural, mas os preços estão acima do encontrado no mercado.
O presidente da República já é suspeito de superfaturar os alimentos das Forças Armadas em janeiro, quando foram gastos mais de R$ 15 milhões em leite condensado e R$ 33 milhões em pizza. Os gastos foram realizados com o cartão corporativo.
A empresa responsável por vender o leite condensado sequer existia: tratava-se de um vendedor ambulante que tinha uma microempresa cadastrada, que devido aos portes tributários e não poderia vender para o governo em altas quantidades.
Outros gastos chamam a atenção como com combustíveis que em uma ida ao posto foram mais de R$ 20 mil. As férias do presidente Bolsonaro custaram na faixa de R$ 2,4 milhões.
O jornal Metrópoles acusa a presidência de realizar transferências às escondidas e longe dos olhares do Congresso. As fontes iniciais foram do Estadão que teve acesso a mais de 101 ofícios que foram enviados por deputados federais.
Jornais contra Bolsonaro
O portal afirma que o presidente tentou aprovar uma emenda extra em que permitiria outros gastos além do atual orçamento permitido. Após a aprovação do atual, o dólar diminuiu o preço e os investidores passaram a olhar para o país com novas perspectivas.
A presidência estaria realizando acordos sobre como investir os valores e dinheiro que não são públicos. E, dessa forma, ganharia apenas aqueles que apoiam o governo. Essa seria uma forma de compra para parlamentares e outros setores.
Davi Alcolumbre, por exemplo, determinou que iriam mais de R$ 277 milhões de investimentos somente para o Ministério do Desenvolvimento Regional. O Orçamento de 2021 também continha grandes porcentagens para as verbas parlamentares.
“O escândalo da hora privilegiou a compra de tratores. No passado, escândalos do mesmo gênero contemplaram a distribuição pelo governo federal de caminhões e ambulâncias a prefeituras”, afirmou o Metrópoles.