Na manhã desta sexta-feira, 04/11, a equipe do governo Lula visitou a sede escolhida para a execução da transição governamental. A transição acontecerá no CCBB, Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília.
O responsável pela apresentação do local em condições ideiais para a realização do evento é o atual secretário da presidência, o ministro Luis Eduardo Ramos. A escolha foi feita na última quinta-feira, 03/11, em uma reunião com integrantes do atual governo, na Casa Civil.
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De acordo com o ministro não houve pedido excepcional por parte da equipe do governo Lula para recepção dos novos membros. Eduardo Ramos afirmou ainda que espera disponibilizar o local pronto para a reunião, na próxima segunda-feira, 07/11.
“A ideia é que a partir de segunda-feira, a gente já comece a ocupar o espaço; não com toda a equipe formada, mas já com a equipe de administração, o pessoal que vai fazer essa parte de apoio, para que quando as equipes da transição mesmo, das áreas temáticas cheguem, esteja tudo pronto”.
Gleisi Hoffmann – presidente do Partido dos Trabalhadores
Anúncio da equipe técnica
Ainda na manhã desta sexta-feira, o Diário Oficial anunciou o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin – PSB – como coordenador chefe da equipe. A nomeação foi ratificada pelo ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Dos presentes na visita ao local, estiverem Gleisi Hoffmann, atual presidente do Partido dos Trabalhadores, o senador Aloízio Mercadante, coordenador do plano de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, além de parlamentares e assessores.
A equipe foi recebida no local, pelo vice-presidente corporativo do Banco do Brasil, Ênio Matias Ferreira, que esteve com a equipe de Lula parte da manhã de hoje. Além disso, jornalistas estiveram no local para cobrir o evento.
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Contudo, técnicos que serão escolhidos para integrar a equipe de transição, não tem garantia de que terão cargos no governo Lula. Entretanto, Gleisi Hoffmann informou que na próxima segunda-feira, 07/11, serão decididos os nomes dos primeiros técnicos a compor a equipe de transição final, do novo governo Lula.
Porém, em entrevista coletiva, após finalizar a visita, Gleisi Hoffmann deixou claro que os técnicos integrantes escolhidos, não necessariamente trabalharão no início da gestão do governo eleito.
Ciro Nogueira se mostrou disposto para ajudar o governo eleito a estabelecer o processo de transição e chegou a pedir possíveis nomes para cargos no governo. Contudo, embora os partidos que apoiaram Lula durante a campanha possam indicar nomes para compor a equipe, a decisão final ainda está a cargo do presidente eleito.
Durante a coletiva, quando questionado por jornalistas sobre os possíveis nomes para integrar a futura gestão do governo Lula, a presidente do PT deixou claro que a escolha dos nomes será decidida em reunião.
Ministros e ministérios do governo Lula
Ainda não há a divulgação de nomes para integrar ministérios ou secretarias. Contudo, o presidente eleito já deixou claro, durante um de seus discursos, que alguns ministérios voltarão a sua forma original, desfazendo o formato do atual governo, de criar “super ministérios” como, por exemplo, o Ministério da Economia, que hoje abriga: Ministério do Planejamento e Fazenda.
Além disso, o presidente eleito já anunciou o retorno do Ministério da Cultura e a criação do Ministério dos Povos Originários, na gestão do governo Lula, facilitando a gestão das pastas por setores.
Embora a presidente do PT tenha informado durante a coletiva de hoje, que não há nomes ou candidatos confirmados para assumir ministérios e secretarias, há informações de que o presidente eleito pode anunciar a Sônia Guajajara, para o Ministério dos Povos Originários.
Se confirmada a informação, o nome da deputada federal Sônia Guajajara, eleita pelo PSOL-SP, deve ser anunciado durante a Conferência das Nações Unidas, sobre as Mudanças Climáticas, que acontecerá a partir do próximo dia 06 até o dia 18 de novembro, no Egito.
Contudo, a deputada eleita pelo PSOL-SP, até o momento não se pronunciou sobre uma possível aceitação da pasta ministerial, caso seja convidada. Entretanto, não é novidade a curiosidade sobre possíveis nomes a integrar pastas, e qualquer governo eleito.
O nome de Sônia Guajajara traria bastante representatividade e força para a pasta, tendo em vista que o movimento indígena sofreu ataques durante o governo do atual presidente, Jair Bolsonaro, incluindo o aumento do desmatamento na região amazônica, em razão da exportação de madeira ilegal, praticada por alguns madeireiros que atuam na região.