Após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições 2022, a corrida se deu pela montagem da equipe de transição do governo que iria trabalhar para preparar a posse do então presidente eleito.
Nesse sentido, faltando pouco menos de um mês para a posse do novo presidente, a equipe de transição chegou à marca de 939 pessoas, distribuídas em 33 grupos de trabalhos diferentes. A lista atualizada foi divulgada pela transição de governo nesta segunda-feira, dia 5 de dezembro.
No entanto, o número total de pessoas envolvidas na transição do governo é ainda maior e pode ultrapassar os mil integrantes. A lista sistematizada pelo próximo governo inclui apenas os especialistas dos grupos, mas não contabiliza as equipes administrativas nem os próprios eleitos (Lula e Geraldo Alckmin), por exemplo.
A maioria dos integrantes trabalha na transição de forma voluntária – incluindo os quase 100 parlamentares aliados do novo governo, com mandato ou eleitos para a próxima legislatura, que foram nomeados para compor os grupos.
Confira os componentes da equipe de transição
O número elevado de integrantes que compõem a equipe de transição pode ser explicado por diversos fatores, principalmente pelo clima acirrado com o governo Bolsonaro. Nesse sentido, quanto mais pessoas para negociar, melhor pode ser para o novo governo tomar um rumo até a posse.
Nesse sentido, Geraldo Alckmin (PSB) indicou que a transição tinha, até esta segunda:
- 20 integrantes remunerados;
- 34 integrantes nomeados “com efeitos de requisição”, ou seja, servidores federais que já recebem pela União, mas atuam temporariamente na transição de governo.
Nove dos 20 integrantes remunerados não constam na lista de integrantes dos grupos técnicos: são assessores pessoais de Lula e Alckmin ou assessores de imprensa, por exemplo.
Por lei, a equipe de transição de governo pode nomear até 50 integrantes remunerados nesse período até a posse. Coordenador técnico dos trabalhos, o ex-ministro Aloizio Mercadante (PT) já havia adiantado que a equipe pretendia nomear um número menor de pessoas – e, com isso, destinar a verba restante ao custeio de viagens e diárias para os voluntários que indicassem essa necessidade.
Os maiores grupos de trabalho
Como citado anteriormente, a equipe de transição do governo conta com mais de 30 pastas de trabalho.
Nesse sentido, dentre as quase 33 equipes, a que mais possui gente é a pasta da educação, com 55 membros – incluindo 26 coordenadores. O governo eleito vem tratando a área como uma das mais “críticas” para a nova gestão, sobretudo em razão do déficit educacional amplificado pela pandemia.
Outras áreas consideradas estratégicas pelo governo eleito também reúnem grande número de voluntários na transição. O GT de Cidades tem 51 membros, e o de Desenvolvimento Regional, outros 42.
O menor grupo de trabalho, por enquanto, é o de Economia, resumido na tabela aos cinco membros anunciados inicialmente pelo vice eleito, Geraldo Alckmin (PSB). O grupo é composto pelos economistas André Lara Resende, Nelson Barbosa e Pérsio Arida, além de uma assessora administrativa e um relator.