A equipe que cuida da transição de governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), rebateu um comunicado do Ministério da Economia afirmando que a gestão do atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), “quebrou o Estado brasileiro”, classificando ainda que a administração atual é responsável por um “colapso” e “apagão fiscal” que acaba comprometendo os serviços públicos.
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No domingo (11), assim como publicou o Brasil123, o Ministério da Economia, chefiado por Paulo Guedes, afirmou que “as declarações de que o Estado Brasileiro está ‘quebrado’ não são compatíveis com a realidade”. Por conta da declaração, a equipe do futuro governo Lula afirmou que a afirmação é falsa e que “o governo Bolsonaro quebrou o Estado brasileiro, comprometendo serviços essenciais e investimentos públicos fundamentais”.
“Ao longo de quatro anos, Bolsonaro utilizou recursos extra-teto cinco vezes, em um montante de cerca de 800 bilhões de reais. Para o andar de cima, o Estado não está quebrado. Para os que mais precisam, há um verdadeiro apagão fiscal”, disse a equipe de Lula, que apresenta inúmeros exemplos de pontos que considera críticos nas contas do governo como:
- A falta de recursos para o Sistema Único de Assistência Social (SUAS);
- A falta de merenda escolar, livros didáticos;
- A crise envolvendo as bolsas de estudos.
A nota divulgada pela equipe de Lula também cita problemas orçamentários em áreas como meio ambiente, saúde indígena, farmácia popular e defesa civil. Nesse sentido, o comunicado afirma que, “se não houvesse uma realidade de colapso fiscal” como afirmou a pasta comandada por Paulo Guedes, o atual governo não teria pedido a liberação de recursos extraordinários por meio de uma Medida Provisória (MP).
Além do comunicado da equipe de Lula, o coordenador dos grupos técnicos da transição, o ex-ministro Aloizio Mercadante, também comentou o caso, dizendo que tem ficado claro que a gestão Bolsonaro “quebrou” o país. “O diagnóstico que vai ficando claro para o governo de transição é que governo Bolsonaro quebrou o Estado brasileiro. Serviços essenciais ou já estão paralisados ou correm grande risco de serem totalmente comprometidos”, disse ele.
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