Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e integrantes da Polícia Federal (PF) avaliam que a minuta de um decreto encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres é a primeira prova de que o ex-chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL) cogitou a ideia de dar um golpe de Estado – o documento em questão previa a decretação de Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para mudar o resultado da eleição.
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De acordo com informações do jornalista Valdo Cruz, da “Globo News”, divulgadas nesta sexta-feira (13), investigadores da PF e integrantes da equipe de Lula avaliam que o documento não complica somente a vida de Anderson Torres, pois esbarra também em Bolsonaro. Isso, porque ambos terão que explicar qual era o objetivo do decreto.
Segundo Valdo Cruz, a Polícia Federal avalia que as primeiras explicações sobre o documento devem ser feitas por Anderson Torres, que tem um mandado de prisão em aberto contra ele por conta de sua atuação à frente da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Contudo, ele ainda se encontra nos Estados Unidos.
Na quinta-feira (12), dia em que o documento veio à tona, Anderson Torres disse que o vazamento da minuta tinha como intuito prejudicá-lo. Além disso, ele também argumentou que o decreto foi uma proposta descartada, que seria triturada. No entanto, os investigadores querem que ele diga quem foi o “pai da ideia”.
Também na quinta, a equipe de Lula, segundo Valdo Cruz, criou a convicção de que a minuta é a primeira prova de que o ex-presidente chegou a planejar um golpe no país. Nesse sentido, Jorge Messias, ministro da Advocacia Geral da União, chegou a dizer que a descoberta do documento era algo “gravíssimo” que mostra “o real objetivo dos eventos do dia 8 de janeiro”. Até o momento, Bolsonaro ainda não comentou sobre a minuta encontrada na casa de seu ex-ministro.
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