Mauricio Tolmasquim, responsável pela transição do governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na área de Minas e Energia, afirmou nesta quinta-feira (08) que a atual gestão do chefe do Executivo, Jair Bolsonaro, deixou uma conta de R$ 500 bilhões que deverá ser paga pelo consumidor de energia elétrica ao longo dos próximos anos.
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De acordo com Mauricio Tolmasquim, esse montante é a junção de vários fatores, como um empréstimo feito ao setor elétrico durante a pandemia de Covid-19 e a contratação emergencial de usinas termelétricas, realizada pelo governo, em outubro do ano passado.
Segundo ele, outro fator que impactou no montante foi, por exemplo, a obrigação de contratar usinas termelétricas em regiões em que não há escoamento de gás natural – essa foi uma das contrapartidas exigidas pelo Congresso para aprovar o projeto que autorizou a privatização da Eletrobras.
Segundo ele, essa série de ações vai deixar uma herança para os próximos governos, que terá de ser paga pelo consumidor de energia elétrica. “Tentamos somar todo esse custo a ser pago nos próximos anos e atinge R$ 500 bilhões se trouxermos tudo para hoje em termos nominais”, afirmou Maurício Tolmasquim ao fazer um balanço das atividades do grupo de transição.
Ainda de acordo com Maurício Tolmasquim, a conta será pega durante este e também durante os próximos governos, tendo um reflexo na tarifa paga pelos consumidores. “É uma questão muito grave, pois o custo de gerar energia é muito barato, porque nossas fontes são baratas, temos bons recursos naturais”, disse ele.
Por fim, além de confessar que a tarifa que o consumidor paga é exorbitante, “uma das mais caras do mundo”, o integrante do time de Lula afirmou que o que a equipe de transição está vendo atualmente “é mais uma pressão sobre as tarifas ao consumidor”. “Temos de agir para evitar isso”, pontuou o responsável pela transição do governo do presidente eleito na área de Minas e Energia.
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