O Brasil encerrou 2021 registrando a entrada líquida de US$ 6,134 bilhões de dólares. A saber, entrada líquida ocorrer quando os ingressos da moeda norte-americana no país supera as retiradas. O Banco Central (BC) divulgou as informações nesta quarta-feira (5).
Em resumo, esse é o primeiro resultado positivo desde 2017. Isso porque houve retirada líquida de dólares do Brasil nos últimos três anos: 2020 (-US$ 27,9 bilhões), 2019 (-US$ 44,7 bilhões) e 2018 (-US$ 995 milhões). Em 2017, a entrada superou as retiradas em US$ 625 milhões, taxa quase dez vezes menor que a de 2021.
Aliás, o resultado é o melhor em seis anos. A última vez que o Brasil havia registrado um volume tão expressivo foi em 2015, que chegou ao fim com uma entrada líquida de US$ 9,414 bilhões.
Em suma, a entrada de dólares ocorre quando os investidores enviam dinheiro ao Brasil. Essas ações acontecem para o pagamento de compras de produtos brasileiros ou mesmo quando os estrangeiros decidem fazer aplicações financeiras através de investimentos em empresas, por exemplo.
Por outro lado, a saída de dólares do Brasil acontece, normalmente, quando os investidores decidem fazer aplicações em outros países. A moeda americana também sai do Brasil para pagamento das importações realizadas. Tudo isso ocorre através de remessas feitas por bancos contratados por essas pessoas.
Últimos meses de 2021 têm forte saída líquida de dólar
De acordo com o BC, os saldos de novembro e dezembro ficaram bastante divergentes do resultado anual. Em síntese, os últimos meses de 2021 registraram fortes retiradas de dólares, reduzindo o volume de entrada da moeda americana.
A saber, US$ 9,94 bilhões deixaram a economia brasileira em dezembro. Enquanto isso, outros US$ 3,39 bilhões saíram do país em novembro.
Estes resultados reduziram o saldo de 2021 a um terço da entrada acumulada entre janeiro e outubro. Até o décimo mês do ano, o país registrada a entrada de US$ 19,47 bilhões. No entanto, o valor despencou para US$ 6,1 bilhões com o acréscimo dos saldos negativos de novembro e, principalmente, dezembro.
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