Os motoristas do país sofrem com os altos preços dos combustíveis desde o ano passado. Em 2021, a cotação elevada do dólar e do barril de petróleo, que se recuperava do tombo de 2020 devido à pandemia da Covid-19, encareceu os combustíveis no Brasil. Agora, em 2022, há um novo desafio global que afeta diretamente os motoristas: a guerra na Ucrânia.
A saber, os conflitos no leste europeu estão desestabilizando os mercados internacionais nas últimas semanas. Os preços de diversas commodities dispararam, visto que tanto a Rússia quanto a Ucrânia são grandes exportadores mundiais de diversas destas matérias-primas. E um dos maiores destaques do ano é o petróleo, do qual a gasolina e o diesel são derivados.
Em março deste ano, os preços do barril alcançaram o maior patamar dos últimos 14 anos ao se aproximarem dos US$ 140. Contudo, a cotação do petróleo perdeu força nos últimos pregões e caiu para US$ 110. Seja como for, o nível ainda é bastante elevado e supera em muito os US$ 78 registrados no final de 2021.
Por falar nisso, o petróleo foi um dos principais responsáveis pelo encarecimento dos combustíveis no ano passado. Além dele, o dólar também ajudou a pressionar ainda mais os valores, visto que a cotação internacional dos barris é em dólar, e a moeda tinha forte valorização ante o real à época.
Novos desafios em 2022
Neste ano, o cenário é completamente diferente. O dólar vem perdendo cada vez mais força ante o real. A saber, a divisa norte-americana acumula uma forte queda de 14,66% em 2022. Por isso, a cotação do barril de petróleo até poderia ficar mais barata do que em 2021.
No entanto, o petróleo acumula uma valorização superior a 40% em relação ao ano passado. Em resumo, os temores em relação à oferta da commodity fizeram o preço do barril superar os US$ 100. Isso aconteceu porque a Rússia é o principal fornecedor de petróleo de diversos países da Europa. Entretanto, as sanções impostas por diversos países à Rússia fez o petróleo disparar.
Nesta terça-feira (29), o país comandado por Vladimir Putin afirmou que reduzirá expressivamente os ataques aos arredores de Kiev, capital da Ucrânia. O mercado já vislumbra um acordo de cessar-fogo entre os países. Contudo, mesmo que isso ocorra nos próximos dias, os impactos econômicos da guerra ainda deverão durar por meses.
Por isso, os motoristas precisam analisar bem os preços antes de abastecer seus veículos. O diesel e a gasolina estão mais caros do que antes da guerra e devem manter os valores elevados pelos próximos dias. Resta à população pesquisar os preços ou deixar o seu carro na garagem e optar pelo transporte público.
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