Diante dos aumentos expressivos, a carne de boi se tornou um luxo no prato dos brasileiros, sobretudo se tratando de cidadãos de baixa renda. Diante da alta acumulada de 25% no último ano, estima-se uma projeção de crescimento nas vendas da carne de porco em 30%, a mais barata, por hora.
De acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Suínos, teve um crescimento de 9% no último ano. Conforme apurado pela revista Veja, o mínimo movimentado no primeiro semestre de 2020, era de R$ 39,8 bilhões, quantia que passou para R$ 43,3 no mesmo período do ano, só que, em 2020.
Na oportunidade, a entidade declarou que o aumento no consumo da carne de porco passou para 17,5 quilos por pessoa no primeiro semestre do ano. Nota-se uma alta de 20% em comparação a 2015. Desta forma, redes de supermercados por todo o Brasil, como o Extra e o Pão de Açúcar, têm realizado a 9ª Semana Nacional da Carne Suína.
O evento tem o objetivo de promover a comercialização de 670 toneladas de cortes de porco contra 509 toneladas referente à edição realizada no ano passado. Diante das circunstâncias, nota-se que nitidamente a preferência do consumidor brasileiro mudou, não por desejo próprio, mas por necessidade.
Neste sentido, foi realizada uma pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) ao Centro de Assessoria e Pesquisa de Mercado (CEAP). O levantamento indicou que 98,5% dos lares brasileiros consomem algum tipo de proteína animal, sendo a principal delas o ovo com 96% de presença. Em seguida estão:
- Carne de frango: 94%;
- Carne suína: 80%;
- Carne bovina: 79%;
- Peixe: 65%.
No entanto, a pesquisa foi feita entre novembro de 2020 a fevereiro de 2021, com a participação de 2.500 entrevistados em 113 cidades brasileiras. O foco do levantamento foi o poder de compra per capita dos membros dos grupos familiares pesquisados.
De acordo com a pesquisa, 47% informaram consumir ovos diariamente, enquanto o consumo da carne de frango ocorre, ao menos, três vezes na semana. A mesma periodicidade foi mencionada pelos 34% que preferem a carne suína.
Em situações mais delicadas a busca tem girado em torno de pés de galinha, suã e miúdos de porco. Embora estas sejam as principais escolhas e componentes do cardápio brasileiro, nem mesmo esses itens ficam isentos dos reajustes de preços.
Açougues da capital mineira, por exemplo, comercializam cabeças de peixe para fazer caldos. Esse e muitos outros fatores são um reflexo do aumento na inflação.